sábado, 11 de fevereiro de 2012

Reflexões sobre a greve

Como se mede o sucesso de uma greve? Seria igual a uma passeata: tem que atrapalhar a rotina das pessoas? Ou mesmo colocá-las em risco?

Como o governo combante uma greve? Com repressão e truculência? Passando por cima das leis e do próprio Estado de Direito? Prendendo seus líderes e não negociando a pauta apresentada, além de agir de uma forma covarde e cínica?

Como deveria agir a justiça nesses casos? Permitindo a escuta e sua divulgação sem ainda ter processo formado? Ficando omissa com supressão flagrante dos direitos das pessoas incriminadas ou expostas?

Como se noticia uma greve? "Rotulando" os grevistas de baderneiros e criminosos? Tentando demonstrar que a greve é injusta e o governo fez a sua parte? Escondendo os excessos e ilegalidades oficiais cometidas?

Dessas quatro partes - grevistas, justiça, governo e mídia, em uma análise mais isenta possível, os menos errados são esses trabalhadores que ganham salários dos piores do Brasil para enfrentar essa "guerra urbana" do dia-a-dia.

Se a constituição não permite greve nesse setor dito essencial, deveria o governo, sabendo disso e que o movimento poderia acontecer, simplesmente sentar na mesa e negociar. A imprensa, em seu papel de dar a notícia da forma mais justa, apenas isso.

A justiça, apenas agir com justiça. Aos grevistas, manter o movimento aqui no Rio da forma que está ocorrendo: em paz, sem badernas. Apenas fazendo jus ao seu direito legítimo de reivindicar melhores salários.

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