quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Rio de Terror: Rio de Mentiras (Globo) - 2

Dois momentos patéticos a serem destacados na cobertura da Rede GLOBO.

A "análise" do "comentarista de segurança" da GLOBO, Rodrigo Pimentel, ex-oficial do BOPE. Seu passado nessa instituição não é muito recomendável para quem se diz "especialista" (mas a mídia esconde, é claro). Seus comentários ontem no "Bom dia Brasil" foram inseguros e pateticamente a  favor da postura do governo.

A "análise" do "comentarista sobre qq coisa", Arnaldo Jabor. Basta dizer que ele chamou Beltrami de "competentíssimo secretário de segurança"...

Rio de Terror: Rio de Mentiras (Globo) - 1

Dramática e absurda a situação do Rio de Janeiro. Bandidos dominam a situação, espalhando o terror e atacando pessoas e policiais. A polícia e o governo reagindo de forma descoordenada. A maior parte da mídia "vendendo" a idéia de que quem está desorganizado é o tráfico e que a polícia reage de forma contundente e planejada. Violência e mentiras andam juntas há 4 anos no RJ.

Como já disse aqui nesse blog várias vezes, a mídia (com raras exceções pontuais) é cúmplice nessa situação. Por ter contribuído para que os responsáveis por ela chegassem e se mantivessem no poder. E continua contribuindo irresponsavelmente para isso. Basta ver que na Globo não existe nenhuma crítica à postura do governo nesse trágico epísódio que não termina. Uma só!

Falam que a polícia reage à altura. Que os bandidos estão completamente perdidos. Que a reação é por conta da instalação das UPPs. Ninguém - repito, ninguém - na Globo até agora questionou as autoridades ou fez alguma análise crítica de sua atuação. Ora, deve-se supor que está tudo perfeito, então. Mas e as "câmeras de segurança", que estão apodrecendo nas caixas desde 2007?

E o Beltrame? Primeiro disse que era a reação de um "pequeno grupo" e ontem já disse que parece que essas ações vinham da união dos grupos "Terceiro Comando" e "Comando Vermelho". E o governador que, após ele mesmo e a mída terem alardeado que a ordem dessa reação do tráfico veio dos presídios federais, resolve enviar para lá os chamados "chefes" desses bandidos? Se era uma reação às UPPs, por que o governo não se preparou para isso e ninguém questiona nada?

"Fortaleceram" as milícias, incentivaram a criação de "fortalezas" do tráfico na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão, etc. Agora analisam a possibilidade de invadir. Salve-se Quem Puder!

Em tempo: o filme "Tropa de Elite" mostra bem a razão verdadeira dessa "guerra" no Rio.

Rio de Terror: a verdade começa a aparecer (menos na Globo)

Do jornal da Record, agora de manhã (08h40), sobre o "Rio de Terror":

Segundo um delegado da Polícia Federal e ex-superintendente no RJ durante 3 anos:
"Não há estratégia logística nem de inteligência na reação das forças de segurança do RJ"
"A "inteligência", se existe, entre as polícias do Rio e entre estas e a Polícia Federal não se comunica"
"A Polícia Militar e a Civil do RJ atua de forma desintegrada e desunida"
"Os bandidos se aproveitam dessa falta de intergração, inteligência e organização das polícias."

Segundo opinião do próprio Jornal da Record e de seu comentarista de segurança:
"O governador Sérgio Cabral vendeu uma ilusão de segurança durante a campanha eleitoral."
"O governador e a polícia poderiam ter se planejado bem antes, já que se esperava uma reação dos bandidos perante às UPPs".
"O governador não pode dizer que a situação está sob controle ou que as pessoas podem continuar sua rotina: é um atentado ao bom senso".

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Rio de sangue 2: carta aberta à mídia

Aos senhores editores dos jornais, TVs, rádios, revistas e sites (particularmente das Organizações GLOBO):

Arrastões e falsas blitz. Bombas, tiros, granadas. Zona Sul, Norte. De manhã, à tarde, à qualquer hora. Não importa o dia. Perto ou longe das autoridades. Homens, mulheres e crianças feridas de morte ou não. Famílias despedaçadas. População aterrorizada...

Estamos falando do Iraque, dos países que vivem em constante ameaça de guerra civil? Ou será a Chicago dos anos 30?

Infelizmente, não. É o Rio de Janeiro, sob o segundo governo Cabral, "se preparando" para a Copa do Mundo... de violência. Para as Olimpíadas... de dor e perplexidade. É chato, mas não devemos nunca esquecer: até quando a omissão de vocês (mídia e outras organizações civis) quanto às verdadeiras causas das mortes de tantos inocentes? Seja pela segurança, seja pela saúde...

Tudo bem. Conseguiram reeleger Sérgio Cabral. "Compraram" a idéia de um candidato que traz dinheiro e os mantém bem perto do poder. Ou mesmo confiaram na "pacificação"... Lamento dizer mas vcs "acreditaram no conto do vigário" ou "foram muito otários", como se diz por aí. Ou será oportunistas?

Mas, cá entre nós: e o preço que estamos pagando??? O preço de uma tragédia que já acontecia, está acontecendo cada vez mais e só vai piorar, vitimando pessoas inocentes.

Até quando, o dinheiro ou os acordos feitos nos bastidores do poder vão silenciá-los? Não quero "rogar praga" para ninguém, mas tem gente que precisa "sentir na pele" para mudar sua opinião sobre alguma coisa. Outro dia foi o Ivan Lins, vítima de arrastão no Rio. E quando for um diretor, um editor ou mesmo um jornalista?

Se vocês não podem pagar (ou não querem) por essa CUMPLICIDADE que ajudou a agravar tudo isso, pelo menos sejam coerentes. A violência, o autoritarismo, a incompetência e a corrupção no "terrreno dos outros" que vcs tanto criticam já está instalada no Rio há 4 anos.

Se vcs, donos das empresas de mídia, editores ou simples jornalistas podem dormir o sono de quem "fez o seu trabalho" ao ser fundamental na eleição de quem é responsável direto por tudo isso... Não sou eu que vai fazê-los pensar diferente.

Mas, é sempre bom prevenir: "abram os olhos"... antes que seja tarde. Se não por vcs, pelo menos pelos outros que não desfrutam das mesmas regalias.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Rio de sangue: e aí OAB, ABI, MP, TRE e mídia?

A carta, publicada ontem, da filha do Dr. William, assassinado covardemente por bandidos no último dia 4, no Rio, é quase um manifesto emocionado e indignado. Dirigida ao desgovernador Cabral e a seu secretário Beltrami, a jovem questiona nessa carta onde está o direito de todos do "asfalto" em sairem de casa e voltarem... vivos.

Dizer que foi uma propaganda enganosa e mais uma promessa irresponsavelmente feita e não cumprida po parte do Cabral reflete uma parte da história. Assassinatos, arrastões, caos nos hospitais, na educação e tantos outros males que nos afligem acontecem por que não encontraram resistência de se instalar. Seja por parte dos políticos que se venderam por alguns trocados e privilégios, o que não é tão incomum  hoje em dia, seja pela participação de outros "atores" nesse cenário de terror que é o RJ atualmente.

A omissão das instituições que tem o DEVER de fiscalizar e corrigir desvios de todos os tipos: Ministério Público, OAB, ABI e TRE. A omissão, parcialidade e acobertamento escandalosos da midia, que tem o DEVER de informar, em favor do governo estadual e suas ações irresponsáveis. Tais atos de covardia e irresponsabilidade do nosso "governador fanfarrão" não existiriam, pelo menos dessa forma tão explicita e rotineira, se não fosse a cumplicidade dessas instituições e da mídia.

As vítimas que estão "tombando" por falta de segurança, saúde e educação, ou arriscando suas vidas em transportes e habitações. O sangue que hoje mancha a vida de muitas famílias que não vivem "nessas comunidades pacificadas". Tudo isso deve ser colocado na "conta" de todas essas organizações. A tragédia do Governo Cabral reflete a cumplicidade e irresponsabilidade de quem esperou a eleição terminar para começar a mostrar o que deveria ter sido mostrado antes.

Dr. William, mais uma vítima dessa guerra "criada e promovida" pelo governo, com a cumplicidade da OAB, ABI, MP, TRE e mídia do Rio de Janeiro.

Nossos pêsames sinceros a toda a família do Dr. William.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

"Show do Fanfarrão" - parte 3

Cabral continua o fanfarrão de sempre
Do blog "alguem me disse", do jornalista Dacio Malta.

Sergio Cabral faz o que quer com o noticiário do ‘Globo’. Hoje, o jornal informa que o governador deverá fazer dois ministros: o da Saúde e o das Minas e Energia.
Ou os repórteres, ou o governador, deram para beber no horário do expediente.

O PSB fez seis governadores, e o PMDB apenas cinco. Com esse cacife, os socialistas estão reinvindicando quatro ministérios. Já o fanfarrão do Rio acredita que, da cota do PMDB, dois ministérios serão indicados por ele. Ele quer a Saúde, transferindo assim as algemas para Brasília, e mais o das Minas e Energia, o xodó da Presidenta.

Desde que Dilma se transferiu para a Casa Civil, Minas e Energia ficou com o PMDB do Maranhão, leia-se José Sarney. O diferença de votos que Dilma teve no Rio, contra José Serra, foi a mesma diferença que ela obteve no Maranhão. E isso em números absolutos. Só que lá, o eleitorado é de apenas 4 milhões de eleitores, contra 12 milhões do Rio.

Cabral diz que o Rio deve ficar com Minas e Energia, pois tanto a Petrobras quanto a Eletrobras tem suas sedes na capital fluminense. Mas isso desde suas criações. Por que será que Cabral não teve, no governo Lula, não o ministério, nem a presidencia dessas estatais, mas pelo menos uma diretoria? Por uma razão simples: ele não tem quadros.

No mesmo noticiário de ‘O Globo’, está dito que ele trabalha por Jorge Picciani. A notícia certamente só pode ter sido dada para agradar o próprio Picciani. Não teria o menor sentido Dilma fazer um ministério de derrotados.

Fora isso, é sabido que o PMDB não confia, quer distância, e boa parte de sua liderança detesta o governador Sergio Cabral. Ele já deu diversas provas de traição ao partido. Foi o único governador que ficou contra a candidatura de Michel Temer para a presidência do PMDB. Na época, Cabral fez o possível para eleger Nelson Jobim , cuja candidatura durou pouco mais de 24 horas. Depois, emprestou a barriga para que Lula gestasse a candidatura de José Gomes Temporão para o ministério da Saúde, contra o desejo do partido.

A diferença de votos que Dilma Rousseff obteve no Rio foi ridícula. E isso porque ela não contou com o empenho do governador na campanha. Nem Cabral, nem Picciani, gastaram um único tostão no segundo turno. Cabral abandonou a campanha e viajou, de férias, para a Europa. Cabral não participou de nenhum ato político em favor da candidata, a não ser nos momentos em que ela estava presente. Cabral não foi a Brasília cumprimentar Dilma e nem ouviu o seu discurso. Cabral disse, no Twitter, que ele telefonou para parabenizar Lula. O governador acredita firmemente que Lula é quem comandará o futuro governo.

A quem interessar possa. Os tres governadores queridinhos de Dilma são Cid Gomes (CE), Jacques Wagner (BA) e Eduardo Campos (PE). Exatamente nessa ordem. Quem quiser prosseguir nessa lista, e nomear os três seguintes, também não encontrará o nome de Cabral.

"Show do Fanfarrão" - parte 2

Cabral quer ganhar sem ter trabalhado
Blog "alguem me disse" do jornalista Dacio Malta

Sergio Cabral continua contando com os amigos para buscar uma chance no governo Dilma.
No Panorama Político, de ‘O Globo’, está dito que cinco governadores poderão emplacar seus indicados, devido a diferença de votos que Dilma obteve em seus Estados.
E cita a Bahia com 2,7 milhões; Pernambuco e Ceará com 2,3 milhões; Rio com 1,7 milhão, quase o mesmo que o Maranhão com 1,6 milhão.

A diferença do Rio foi mínima.
Ela foi praticamente igual a do pequeno Maranhão, embora aqui tenhamos 12 milhões de eleitores contra 4 milhões da terra de Sarney. Pernambuco e Ceará tem a metade do eleitorado do Rio. E a Bahia tem dois terços.

Que fique claro: Sergio Cabral nada fez absolutamente pela candidata Dilma.Não exibiu um cartaz, não contratou um cabo eleitoral, não participou de nenhum ato sem a presença da candidata, não gastou um único tostão no segundo turno. O fanfarrão quer faturar sem ter trabalhado.
Ao contrário: no meio da campanha ele foi para a Europa desfrutar das delícias do outono.

"Show do Fanfarrão" - parte 1

Para animar um pouquinho esse momento de "lobbies" e pressões nada republicanas, vão a seguir algumas pérolas do "Show do Fanfarrão", comandado pelo Serginho Cabral e os/as "fanfarronetes", todas retiradas do blog "alguem me disse" do jornalista Dácio Malta. Antes, para ficar bem claro, uma definição simples de FANFARRÃO: adj. e s.m. Jactancioso, que ostenta de valente sendo covarde, que se gaba do que não faz; impostor, convencido: soldado fanfarrão.

Cabral fez corpo mole
Da coluna de Berenice Seara, no Extra:

Das 34 prefeituras comandadas pelo PMDB, em 14 Serra superou Dilma Rousseff — ou 41%. Das dez prefeituras petistas no estado, quatro -ou 40%- foram soterradas pela votação do tucano José Serra: Petrópolis, Teresópolis. Santa Maria Madalena e Conceição de Macabu”.

Isso é o que dá confiar no fanfarrão Sergio Cabral e seus fiéis aliados - o pessoal da boquinha do PT fluminense. É tudo zero a esquerda