quinta-feira, 30 de junho de 2011

Por que Cabral continua mentindo sobre a viagem?

quinta-feira, 30 de junho de 2011 | 05:10, Tribuna da Imprensa online

Na entrevista à CBN, Cabral mentiu mais uma fez sobre a hora do vôo para Porto Seguro. Por que essa insistência na questão do horário?

Carlos Newton
Na entrevista – única e exclusiva – que concedeu estrategicamente à Rádio CBN (não voltará a falar tão cedo, podem apostar) o governador Sérgio Cabral voltou a afirmar que só saiu do Rio na sexta-feira, dia 17, pouco antes do acidente de helicóptero que matou a namorada de seu filho e mais seis pessoas.

“Saímos daqui na sexta-feira. Chegamos lá por volta das 18h30. Mas infelizmente houve esse acontecimento trágico. Não tenho nenhuma razão pra mentir sobre isso. Fui ao colégio dos meus filhos na sexta à tarde, saí daqui às 17h, 17h e pouquinho” – disse Cabral à CBN, sem perceber que estava se complicando ainda mais, com essa nova declaração.

Como foi amplamente divulgado, o helicóptero levava 10 minutos no percurso Porto Seguro-Jacumã. A decolagem fatídica do helicóptero ocorreu às 18h31m, e o aparelho foi dado como desaparecido às 18h57m. Como antes o helicóptero já havia feito uma viagem, conduzindo o governador e a esposa do piloto até Jacumã, e depois voltando a Porto Seguro, fica totalmente inviável a versão de Cabral de que “chegamos lá por volta das 18h30”, porque antes de 18h10 ele estava a bordo do helicóptero que o conduziu a Jacumã.

Três importantes jornais apuraram a mesma coisa: Cabral chegou a Porto Seguro na manhã de sexta-feira, dia 17. “A Tarde”, que é o mais importante jornal da Bahia, publicou no sábado, dia 18, que Cabral chegara lá sexta hã e fora até cumprimentado pelo prefeito de Porto Seguro, Gilberto Abade, que o encontrará passeando pela cidade.

“O Globo”, na edição de domingo, dia 19, deu mais detalhes, ao publicar que “o acidente aconteceu após um almoço do grupo no Villa Vignoble Terravista Resort, em Trancoso. De lá, os convidados começaram a ser levados para o Jacumã Ocean Resort, a uma distância de 15 km. Como eram várias pessoas, foi preciso fazer várias viagens”.

Como a assessoria de imprensa do governador tentou desmentir essas versões de “A Tarde” e “O Globo”, afirmando repetidas vezes que o vôo do jato Legacy de Eike Batista só decolara às 17 horas de sexta-feira, a “Folha de S. Paulo” resolveu voltar a Porto Seguro. E o que constatou? “O Globo” e “A Tarde” estavam corretos.

Dois funcionários da Fazenda Jacumã, condomínio de casas luxuosas a 15 km de Porto Seguro, onde ocorreria no fim de semana a festa de aniversário do empreiteiro Fernando Cavendish, confirmaram ao repórter Graciliano Rocha que o governador já estava por lá na sexta, antes do meio-dia.

O jornalista da “Folha” apurou também que o avião que transportou o governador à Bahia deveria pousar na pista do Terravista, um condomínio de luxo a cerca de 20 km de Jacumã. Segundo funcionários do aeroporto privado, também ouvidos pela Folha, a gerência da Jacumã telefonou na manhã do dia 17 para perguntar se um jato com o governador do Rio poderia pousar na pista e se o helicóptero Esquilo, pilotado por Marcelo Mattoso Almeida (uma das vítimas), poderia levá-lo à fazenda, a pouco mais de 10 minutos de voo.

Como o tempo estava chuvoso e o Terravista não opera pousos e decolagens por instrumentos, os operadores indicaram que a aeronave deveria se dirigir a Porto Seguro. O repórter Graciliano Rocha foi então checar o horário da chegada do Lecacy na administração do Aeroporto de Porto Seguro e também na Aeronáutica, mas estranhamente se recusaram a dar qualquer informação sobre o vôo do jato particular que levou Cabral e seus amigos ao Sul da Bahia.

No Rio, de acordo com a assessoria do governador, a informação de que Cabral e sua comitiva viajaram às 17 horas poderia ser confirmada no Aeroporto Santos Dumont e também na Escola Britânica, onde ele teria passado para ver os filhos pouco antes de embarcar. Procurados pela “Folha”, o Aeroporto Santos Dumont e a Aeronáutica também estranhamente afirmaram que a informação sobre o horário de saída do avião é sigilosa. Já na Escola Britânica, não foram localizadas pessoas que pudessem confirmar a presença de Sérgio Cabral no local, o que significa que lá ele não esteve.

O motivo é simples: no Rio, o governador só se movimenta de carro com grande comitiva. O pelotão é formado de oito carros. Os três primeiros são dos seguranças, os três últimos, também. O governador anda em um dos dois carros que ficam no meio da comitiva. À frente dela, seguem quatro motos de sirena aberta, e atrás, outras quatro, idem.

Por isso, é totalmente impossível que na Escola Britânia ninguém tivesse percebido que o governador estivera lá, para visitar os filhos menores. Com tantas sirenas e tantos carros na comitiva, Cabral jamais passaria despercebido.

É incrível que Cabral insista nessa versão furada. Se não tocasse no assunto, a coisa ficaria de lado. Mas ele faz questão de tentar empurrar essa versão pela goela abaixo dos outros, e cada vez se complica mais. Está mais do que comprovado que a versão de Cabral é mentirosa, mas ele insiste. Deve ser algum caso patológico.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O que está por trás da anistia aos Bombeiros que Cabral autorizou

ALERJ aprova anistia administrativa aos bombeiros ...

Veja no link acima a matéria que postei sobre a anistia aos bombeiros, Não sabia ainda dos detalhes que ouvi hoje no programa de Ricardo Boechat. Enquanto o líder do governo Paulo Mello discursava dizendo que "infelizmente, não seria possível o governador autorizar essa anistia, etc.", ele recebeu um telefonema do governador.


Logo em seguida, ele mudou totalmente seu discurso e no final toda a bancada do governo votou a favor. Surpreendente a posição de quem já chamou os bombeiros de "vagabundos e irresponsáveis". Constragedora a posição da bancada do governo. Porém, como se trata de Cabral, não podemos nunca deixar de investigar o que pode "estar por trás" de qualquer decisão ou declaração dele. Vejam só. A Câmara deve votar hoje ou esses dias a anistia criminal aos bombeiros, enquanto (essa é a diferença) o que a ALERJ votou foi a anistia administrativa.

Com todo esse movimento a favor de nossos heróis e o governador sendo tratado como o "vilão" dessa e de outras histórias (com toda a justiça), imaginem se ele iria se afundar mais ainda não aprovando essa anistia dada aqui no Rio. Mais ainda, que "constrangimento político" seria se ele não autorizasse a anistia admnistrativa e o congresso, com a Presidenta Dilma, autorizasse a anistia criminal. Seria uma vergonha nacional, entre tantas outras que ele tem passado na vida. Nessa hipótese, ele seria desmoralizado totalmente (ainda precisa?).

Enfim, essa sua decisão em favor dos bombeiros não foi porque ele "voltou atrás" e pensou melhor. Foi puro oportunismo político. Foi a escolha do menos pior para ele e sua trágica carreira. 

Adriana Ancelmo tem como cliente empresa que rouba o RJ em R$ 162 milhões/ano

Percebam na nota do jornalista Carlos Newton (Tribuna da Imprensa) que diversas notícias e denúncias feitas pelo candidato Peregrino e/ou pelo atual deputado federal Garotinho, durante a campanha a governador em 2010, ainda repercutem aproveitando a tragédia em que se transformou o governo Cabral. 

O mais estarrecedor é a nova denúncia de que o escritório da primeira-dama Adriana Ancelmo defende uma empresa que coordena o esquema de fraudes de combustíveis da refinaria de Manguinhos. Vejam só: empresa rouba o estado do RJ, segundo informações da própria Secretaria Estadual de Fazenda. Quem defende? A mulher do governador desse mesmo estado! Nem em Sucupira... Socorro!!! 

Publicado na Tribuna da Imprensa online, 29/06, às 05:10, pelo jornalista Carlos Newton
Na separação de Cabral, a primeira-dama Adriana Ancelmo ficará com a bela carteira de clientes do escritório de advocacia. 

Confirma-se a informação de que o governador Sergio Cabral e a primeira-dama Adriana Ancelmo estão mesmo separados, conforme a Tribuna adiantou semana passada. Em sociedade tudo se sabe, e a privacidade do casal já foi para o espaço. A bem-informadíssima Hildegard Angel, por exemplo, publica no site do Jornal do Brasil que o casamento acabou justamente quarta-feira, dia 15, às vésperas do desastre de helicóptero que vitimou sete pessoas a caminho da comemoração do aniversário do empreiteiro Fernando Cavendish, o amigo íntimo de Cabral.

(...) Adriana só viria a aparecer no velório de Jordana Kfuri Cavendish, na quarta-feira, cinco dias depois do acidente, a pedido do marido, para manter as aparências. Há informações de que a separação não foi amigável. Adriana Ancelmo já abriu mão de suas ajudantes de ordens e da escolta da segurança. E está com os dois filhos no luxuoso apartamento no Leblon, de 300 metros quadrados.

A se confirmar o divórcio, também anunciado pela revista Carta Capital, Adriana Ancelmo ficará em ótima situação. Além da divisão dos vultosos bens do casal e da pensão alimentícia dos filhos, Adriana é sócia majoritária (59 por cento) de um dos maiores escritórios de advocacia da cidade, que no governo de Cabral cresceu espetacularmente, conquistando clientes entre empresas que se relacionam como o Estado e até dependem dele.

Na última sexta-feira, por exemplo, ganhou mais um cliente, a Pantanal Distribuidora S/A, um dos braços da chamada quadrilha do petróleo da Refinaria de Manguinhos, que tem ligações diretas com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Fiscais da Secretaria Estadual de Fazenda estimam um prejuízo anual de R$ 162 milhões com as fraudes.

Registre-se que gravações da Polícia Civil do Rio revelam que o empresário Ricardo Magro, chefe da quadrilha de sonegadores de tributos na área de combustíveis, foi recebido no ano passado pelo senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA), em Brasília. O encontro foi agendado por um assessor da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Depois disso, decisões tomadas por dirigentes da ANP passaram a favorecer as empresas do grupo Magro,  novo cliente do escritório da primeira-dama.

Desde que Cabral assumiu o governo, a carteira de clientes de Adriana só faz aumentar. Diante desse quadro, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) representou no Ministério Público para que seja investigado o crescimento do escritório. Denunciou que Adriana Ancelmo defende a empresa que explora os serviços do Metrô e também advoga para a empresa Service Clean, que presta serviços para as Secretarias de Educação e de Ciência e Tecnologia, tendo recebido durante a gestão de Sérgio Cabral o valor de R$ 57,8 milhões em aditivos a contratos assinados com o governo estadual. 

Freixo destacou que Adriana Ancelmo defende, ainda, o apresentador de televisão Luciano Huck, que foi diretamente beneficiado pelo Decreto n° 41.921, assinado por Cabral para permitir uma maior ocupação de áreas protegidas (Área de Proteção Ambiental de Tamoios – APA) e a construção de empreendimentos nas mais de 50 ilhas da Baía da Ilha Grande, o que antes somente era permitido aos proprietários com área já construída.

Na representação, o deputado Marcelo Freixo anexou documentos provando que o escritório presta assessoria para obtenção de incentivos fiscais e em licitações públicas, além de dedicar-se à elaboração de projetos de lei, decretos e atos normativos, bem como a atendimento especializado para processos no âmbito do Tribunal de Contas e das agências reguladoras, oferecendo, ainda, assessoria jurídica a empresas públicas e controladas pelo Poder Público, Casas Legislativas, parlamentares, órgãos públicos e autarquias. Nada mal. não?

terça-feira, 28 de junho de 2011

ALERJ aprova anistia administrativa aos bombeiros que invadiram quartel-general

Parte da população e da mídia considera que Cabral está em seu "inferno astral", por conta de tudo o que tem acontecido nas últimas semanas, desde o início da crise dos Bombeiros. Bem, tirando o trágico acidente de helicóptero que matou 7 pessoas próximas a ele, o restante não pode ser considerado como fatos influenciados astrologicamente.

Ou seja, não tem nada de "inferno astral". Tudo, mas tudo mesmo, que tem sido dito e cobrado dele nada mais é do que fruto de tudo o que ele plantou. Há vários ditados populares que explicam isso: "quem planta vento, colhe tempestade" ou "quem fala o que quer, ouve o que não quer", etc.

Por isso, não é de se espantar que ele resolva aceitar a anistia aos bombeiros após tudo o que disse e mandou fazer contra nossos heróis. Está tentando recuperar sua imagem. Mas o estrago é muito mais fundo e grave.

Doadores do PMDB e Cabral "receberam dinheiro Público" já em 2010

publicado no JB online, em 28/06
Doadores do PMDB-RJ e Cabral receberam isenção já em 2010
Dayanne Sousa e Marcela Rocha

Entre as empresas que receberam isenção fiscal do governo fluminense em 2010, cinco doaram para a campanha do governador Sérgio Cabral e oito colaboraram com o PMDB do Rio de Janeiro. Doaçoes no valor de R$ 1,2 milhão para Cabral e R$ 6,013 milhões para a sigla no Estado. O governador tem sido questionado sobre a intimidade de suas relações com empresários depois de ter voado num jatinho de Eike Batista para ir à festa de Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta.

Segundo levantamento da Secretaria da Fazenda feitos por solicitação do deputado estadual Marcelo Freixo (Psol-RJ), foram concedidas 20 mil isenções fiscais para mais de 5 mil empresas. A reportagem cruzou os dados da Secretaria com a prestação de contas do então candidato à reeleição Sérgio Cabral, e de seu partido PMDB em âmbito estadual. Alguns dos maiores investidores da campanha de Cabral e PMDB-RJ receberam isenções fiscais entre os anos de 2007 e 2010.

Somente em 2010, a Gerdau Comercial de Aços teve R$ 4,806 milhões em isenções, dispensas e reduções de pagamento de impostos no Rio. A empresa doou diretamente à campanha de Sérgio Cabral R$ 200 mil e também colaborou com outros R$ 300 mil para o comitê financeiro do PMDB do Rio de Janeiro durante as eleições de 2010.

A construtora Queiroz Galvão foi a segunda maior contribuinte da campanha peemedebista no ano passado, tendo doado R$ 800 mil a Cabral, e R$ 1, 11 milhão para o PMDB do Rio. A empresa teve uma redução de impostos de R$ 4,250 mil no mesmo ano. Outros três consórcios envolvendo a empresa também ficaram isentos: juntos, Queiroz Galvão-Iesa, Queiroz Galvão-Iesa Plangas e Galvão-Alusa-Tomé tiveram uma redução de impostos no ano de R$ 910,121 mil.

A empresa holandesa SHV Gás Brasil Ltda., representante brasileira da maior distribuidora privada de gás LP do mundo, doou R$ 200 mil diretamente à campanha do governador. Só em 2010, a companhia recebeu R$ 193,9 milhões em isenção fiscal. Outras empresas beneficiadas por isenções não doaram à campanha de Cabral, mas deram verba ao comitê financeiro do PMDB fluminense.

As duas maiores doadoras ao PMDB do Rio foram cervejarias. A Cervejaria Petrópolis doou R$ 800 mil ao partido, e teve uma isenção maior do que as outras: R$ 78,094 milhões. A Companhia de Bebidas Primo Schincariol teve R$ 36,721 milhões de isenção em 2010 e doou R$ 800 mil ao comitê estadual do partido.

E ainda a Construtora Norberto Odebrecht doou R$ 200 mil ao PMDB do Rio e teve R$ 234,59 mil em isenções. A Netmed Instrumentos Científicos doou R$ 404 mil e recebeu isenção de R$ 226,918 mil. E a Trimix Rio Comércio de Roupas deixou de pagar R$ 7,636 milhões em impostos e, no ano, doou ao partido R$ 300 mil.

A Rio de Janeiro Refrescos, fabricante de Coca-Cola no Estado, doou R$ 1,079 milhões em 2010. No mesmo ano, a companhia deixou de pagar R$ 28,750 milhões por conta de concessão de crédito presumido de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Em nota, a assessoria de imprensa do governo do Estado do Rio de Janeiro alega que "não há qualquer interferência do governador" na concessão de isenções e que elas seguem normas técnicas da Secretaria Estadual de Fazenda. Em nota, o Palácio Guanabara afirma ainda que os benefícios "dizem respeito a incentivos setoriais" e não são voltados diretamente a uma empresa ou outra.

Por que Cabral se preocupa tanto com as viagens no jatinho de Eike? Colunista Ricardo Noblat "dá uma pista"

terça-feira, 28 de junho de 2011 | 13:27, publicado no site da Tribuna da Imprensa.
Carlos Newton
 
Como em sociedade tudo se sabe, um considerável número de jornalistas há dias vem sendo informado sobre um dos motivos mais pessoais que fizeram Cabral viajar para Porto Seguro no dia 17, mas nenhum deles até agora revelara a informação, por uma questão de ética, evitando se meter na vida particular do governador, embora haja jurisprudência de que homem público não tem direito à mesma privacidade do cidadão comum.

Ontem, porém, no violentíssimo artigo que publicou em O Globo, sob o título “Diz aí, Cabral!”, o colunista Ricardo Noblat rompeu essa barreira, ao redigir o seguinte parágrafo: “Sou do tempo em que os políticos escondiam amantes, tesoureiros de campanha e empresários do peito. Amantes ainda são mantidas à sombra – embora algumas delas, de um tempo para cá, tenham protagonizado barulhentos escândalos. Outras morrem sem abrir o bico”.

Com invulgar habilidade, Noblat contou tudo, sem dizer nada, revelando com clareza a existência de mais um motivo para o desespero do governador e para essa insistência em “amarrar” com o amigo Eike Batista a história do empréstimo do avião, mentindo sobre a hora em chegou a Porto Seguro etc. e tal.

A ser exata a informação que Ricardo Noblat com sutileza insinuou, porque para quem sabe ler um pingo é letra, o mais delicado problema do governador Sergio Cabral nesse acidente que vitimou sete pessoas em Porto Seguro seria hoje um segredo de polichinelo (aquele que já conhecido de todos, deixou de ser segredo), que até já circula a internet.

Portanto, não é sem motivos que a consciência esteja pesando demais sobre Sérgio Cabral. Sua vida pessoal e sua carreira desabaram. Como já comentamos aqui, não foi trabalhar e fez o filho e a futura nora faltarem à aula para irem se divertir com ele no Sul da Bahia. Cabral e o filho tiveram sorte e escaparam. Mas a namorada do rapaz perdeu a vida. Outras seis pessoas, também. Entre elas, Fernanda Kfouri e o filhinho Gabriel, de apenas dois anos.

Agora que em sociedade tudo se sabe, o melhor que o governador tem a fazer é renunciar ao cargo e se mudar para Paris, onde certamente a consciência poderá lhe ficar menos pesada, já que na Cidade Luz ninguém o conhece e ele não precisará andar pelas sombras, como está fazendo aqui no Rio de Janeiro.

Empresa condenada e outras que respondem a ações receberam benefícios fiscais de R$ 73 milhões

Em algum momento, um "elo" vai quebrar - quem vai ser?


Presidente da República, ministro da fazenda, governador do DF e prefeito de SP. A história recente do país teve como protagonistas pessoas cujo papel foi fundamentalmente um só: contar a verdade para denunciar os desmandos de certos homens públicos, como estes citados no início.

Um irmão que se sentiu prejudicado nos "negócios" pelo irmão presidente. Um caseiro que recebeu dos pais o maior dos ensinamentos: ser honesto acima de tudo. Um ex-assessor que resolveu reduzir sua pena, ao delatar seu chefe governador. Uma ex-mulher desprezada pelo marido prefeito. Interesses comerciais, valores éticos e morais, vingança afetiva. Motivos são vários. Mas o estrago é sempre igual: saída do governo e, de vez em quando, prisão.

Em algum momento, nessa teia de mentiras e falcatruas sem fim, um "elo" vai se partir. Alguém, menos ou mais famoso, não perderá essa oportunidade de mudar a história do Rio de Janeiro para melhor. Uma simples testemunha pode colocar de vez para fora o governador mais corrupto, omisso e incompetente de nosso estado.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

3 homens e 1 destino

Cabral viajou para Bahamas com dono da Delta e famílias: advinhem de quem era o jatinho

Cena 1
Governador do 2º estado mais rico do país viaja para a Bahamas, saindo do Rio, junto com o dono de uma empresa de construção (e respectivas famílias), no jato de um bilionário brasileiro e um dos mais ricos do mundo - dois empresários amigos do governador, cujas corporações investem e recebem milhões de incentivos e facilidades desse mesmo governo.

Cena 2
Após parada obrigatória em Manaus, é exigida pela polícia federal de lá a autorização do pai biológico de uma das crianças pequenas do grupo para que ela viajasse. O documento estava no Rio e o governador tentou interceder mas a PF foi irredutível. O dono da empreiteira sugeriu que o garoto e a mãe ficassem hospedados em Manaus, enquanto o jatinho levava as outras pessoas para as Bahamas, depois voltaria para o Rio e e em seguida partiria para pegar os dois e levá-los para se juntar ao grupo. Assin foi feito.


Cena 3
O homem mais rico do Brasil compra dois cachorros de raça no Estados Unidos, mas não consegue viabilizar com rapidez a vinda dos dois treinadores americanos de seus novos cães por problemas de visto. Pede ajuda ao seu amigo governador do 2º estado mais rico do país, que pede ajuda ao Itamaraty, do governo de seu amigo presidente da república. Em pouco tempo, tudo está resolvido, para a alegria dos cachorros e de seu dono.

Estas duas histórias em 3 atos, fazem parte da tragédia grega que se tornou o governo de Sérgio Cabral. Foi o comentário de hoje de Ricardo Boechat, na Band News FM Rio. Os outros personagens, vocês já sabem quem são.

sábado, 25 de junho de 2011

Para ter o patrimônio de Cabral hoje: 107 anos de trabalho!

Recentemente, foi publicado que o governador Cabral ganha R$ 17 mil por mês de salários. Descontando impostos, etc., deve chegar a quase R$ 13 mil/mês. Foi publicado e documentado em diversos blogs (claro que não vamos ver isso na mídia tradicional do Rio) que seu patrimônio atual deve girar em torno de R$ 25 milhões.

Parece muito? Vamos relembrar o que as escrituras de promessa de compra e venda, corretoras e outras provas nos mostram: 2 apartamentos no Leblon (m2 mais caro do Rio), no valor de R$ 5 milhões; 2 mansões no condomínio PortoBello (Angra dos Reis) no valor de R$ 14 milhões; 2 cavalos de raça no Jockey Club do Rio, R$ 2 milhões; além de outros bens físicos, aplicações e recursos financeiros, declarados ou não, que podem ser estimados em mais uns R$ 3 milhões.

Ségio Cabral começou na vida pública há mais ou memos 25 anos, tendo sido: presidente da TurisRio, deputado estadual, senador e governador (há 4 anos). Se ele ganhasse esses R$ 13 mil/mês desde que começou, tal valor corrigido para a época (1986) o tornaria certamente uma pessoa muito bem paga. Mas aí fica uma grande pergunta: em quanto tempo ele juntaria esses R$ 25 milhões para adquirir esse patrimônio todo?

Bem, alguns podem argumentar, "ele pode ter tido alguma herança ou a mulher dele é de família abastada". Nem uma coisa, nem outra. A família de Sérgio Cabral é de classe média baixa, vindo do Bairro de Engenho de Dentro e depois Cavalcanti, subúrbios do Rio. A família de Adriana Ancelmo também, visto ela ter sido advogada na Assembléia Legislativa do Estado do RJ, quando conheceu o atual governador.

Mas, vamos ser um pouco flexíveis e estimar o patrimônio dele em R$ 22 milhões. Em 1.294 meses, ganhando R$ 13 mil líquidos, Cabral conseguiria chegar a ter o que hoje ele não declara. Ou seja, 107 anos!

As Festas Macabras do Esporte: será que vale à pena?


ARTIGO PUBLICADO NO ESTADÃO DESTA QUINTA-FEIRA

Demétrio Magnoli e Adriano Lucchesi

“Há uma percepção crescente de que a aritmética da Copa do Mundo é um tanto instável”, escreveu o Times de Johannesburgo um mês depois do triunfo da Espanha nos campos sul-africanos. “Temos estádios em excesso para nosso próprio uso. Talvez devêssemos exportar estádios para o Brasil, que fará sua Copa do Mundo?”. A constatação estava certa; a sugestão, errada. O Brasil, país do futebol, terá o mesmo problema que a África do Sul, país do rúgbi. Aqui, como lá, a festa macabra da Fifa é um sorvedouro implacável de recursos públicos.

Mafiosos usam a linguagem da máfia. Confrontado com evidências de corrupção na organização que dirige, Sepp Blatter avisou que tais “dificuldades” seriam solucionadas “dentro de nossa família”. As rendas de radiodifusão e marketing da Fifa ultrapassaram os US$ 4 bilhões no ciclo quadrienal encerrado com a Copa da África do Sul. O navio pirata já se moveu para o Brasil, onde a Fifa articula com seus sócios a rapina seguinte.

O brasileiro João Havelange planejou a globalização do futebol, expandindo a Copa para 24 seleções, em 1982, e 32, em 1998. Blatter concluiu a transformação, rompendo a regra de rodízio de sedes entre Europa e América. Como constatou a Sports Industry Magazine, sob um processo milionário de licitação do direito de hospedagem, as ofertas nacionais assumiram “a forma de promessas de mais e mais pródigos novos estádios para os jogos e novos hotéis luxuosos para uso dos dirigentes da Fifa e de fãs endinheirados”. A Copa é um roubo: as despesas são pagas com dinheiro público, de modo que a licitação “constitui, de fato, um esquema de extração de renda concebido para separar os contribuintes de seus tributos”.

O saque decorre da conivência de governos em busca de prestígio e de negociantes em busca de oportunidades. Na Europa a rapinagem é circunscrita por uma cultura política menos permeável à corrupção e pela existência prévia de modernas infraestruturas hoteleiras, esportivas e de transportes. Por isso a Fifa seleciona seus próximos alvos segundo critérios oportunistas de vulnerabilidade. Encaixam-se no perfil África do Sul e Brasil, países emergentes que ambicionam desfilar no círculo central do mundo, assim como a semiautoritária Rússia, sede de 2018, e a monarquia absoluta do Qatar, que bateu a Grã-Bretanha na disputa por 2022.

Antes das Copas, consultores associados às redes mafiosas produzem radiosas profecias sobre os efeitos econômicos do evento. Depois, quando emergem os resultados efetivos, eles já estão entregues à fabricação de ilusões no porto seguinte. A África do Sul gastou US$ 4,9 bilhões em estádios e infraestruturas, que gerariam rendas imediatas de US$ 930 milhões derivadas do afluxo de 450 mil turistas, mas só arrecadou US$ 527 milhões dos 309 mil turistas que de fato entraram no país. (...) Mas o argumento de que sem uma Copa, não se realizariam obras necessárias de mobilidade urbana equivale a uma confissão de incompetência da elite dirigente.

Eventos esportivos globais tendem a gerar ruínas urbanas, mesmo em países mais inclinados a zelar pelo interesse público. Japoneses e sul-coreanos ainda subsidiam a manutenção das arenas da Copa de 2002. As dívidas contraídas para as obras da Olimpíada de Atenas e da Eurocopa de 2004 aceleraram a marcha rumo à falência da Grécia e de Portugal. A África do Sul incinerou US$ 2 bilhões na construção e reforma das dez arenas da Copa. Todas, com exceção do Soccer City, de Johannesburgo, usado para jogos de rúgbi e shows, figuram hoje como monumentos inúteis, conservados pela injeção de dinheiro público. A Cidade do Cabo paga US$ 4,5 milhões ao ano pela manutenção da arena de Green Point, erguida ao custo fabuloso de US$ 650 milhões e usada apenas 12 vezes depois da Copa. Lá se desenrola um melancólico debate sobre a alternativa de demolição do icônico estádio, emoldurado pela magnífica Table Mountain.

O Brasil decidiu ultrapassar a África do Sul. Aqui, serão 12 arenas, a um custo convenientemente incerto, mas bastante superior aos dispêndios sul-africanos. As futuras ruínas já drenam vultosos recursos públicos, mal escondidos sob as rubricas de empréstimos do BNDES e subsídios estaduais e municipais. O governo paulista prometeu não queimar o dinheiro do povo na festa macabra da Fifa, mas o alcaide Gilberto Kassab assinou um cheque público de US$ 265 milhões destinado ao estádio do Corinthians.

São 16 centros educacionais, para 80 mil estudantes, sacrificados por antecipação no altar de oferendas às máfias da Copa. O gesto de desprezo pelas necessidades verdadeiras dos contribuintes reproduz iniciativas semelhantes adotadas, Brasil afora, por governos estaduais e municipais.

Segundo a lógica perversa do neopatriotismo, a Copa é um artigo de valor só mensurável sob o prisma da restauração do “orgulho nacional”. De fato, porém, a condição prévia para a Copa é a cessão temporária da soberania nacional à Fifa, que assume funções de governo interventor por meio do seu Comitê Local. O poder substituto, nomeado por Blatter, já obteve o compromisso federal de virtual abolição da Lei de Licitações e pressiona as autoridades locais pela revisão das regras de concorrência pública. Malemolentes, ao som dos acordes de um verde-amarelismo reminiscente da ditadura militar, cedemos os bens comuns à avidez dos piratas.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O Imperador Cabral se diverte enquanto "toca fogo" em todo o Estado


Entre as diversas perguntas sem resposta após o naufrágio político do governo Cabral nos mares da Bahia, algumas tem pormenores que ainda não consegui entender.

Já entendi que Cabral financiou sua campanha e sua riqueza às custas do patrimônio público. Só as organizações Globo e grande parte da mídia do estado que FAZEM QUESTÃO de não entender (por interesses políticos e financeiros, é claro).

Já entendi que a eleição passada foi - como diz o Peregrino - o maior "estelionato eleitoral" da história do Rio de Janeiro. Percebi também que as organizações civis ou oficiais, como OAB/RJ, ABI, TCE, TRE, MP-Estadual, TJ, etc, fazem "vista grossa" a todos esses desmandos do governo mais corrupto que já tivemos. Ficou claro também que toda a fiscalização e denúncias - infundadas, diga-se de passagem! - são sempre contra aqueles que fazem oposição ao governador.

O que eu não consigo entender é como um governante tão comprometido com essas indecências morais, éticas e públicas não consegue se controlar. Evitar o risco de se expor e se confrontar com a opinião pública (como no caso dos bombeiros, dos médicos e professores). Ou arriscar a vida dos outros (e a dele e de sua família) em vôo onde piloto não tinha habilitação e as condições de tempo eram impróprias?

Como ele espera que todos os seus desmandos e mentiras fiquem ocultos com tantos blogs e pessoas dispostas a lutar contra esse estado de coisas? Como o governador Cabral pode realmente confiar que esse "rastro de sujeira" espalhado por aí não venha a prejudicar sua imagem? Será que ele não pensa um pouco que não há cadeia de mentiras que se sustente com tantos "elos" que vem criando? O irmão do Collor serviu como exemplo de um "elo" que se quebra. Depois, tivemos o pobre do caseiro que denunciou Palloci. E ainda o Roberto Jefferson.

Secretárias, ex-esposas, assistentes, advogados, pilotos, motoristas, contra-parentes, etc.. Muita gente hoje deve saber coisas que ainda não foram reveladas na imprensa nem na internet. Muita gente certamente deve estar surpresa com tanta coisa que vem se revelando há anos. Esperam apenas uma oportunidade ou um canal seguro para denunciar.

Fico com a impressão de que temos um governador inspirado em Nero, o Imperador de Roma, conhecido pela sua locura. A historia conta, inclusive, que mandou tocar fogo em Roma enquanto tocava sua harpa apreciando a cidade sendo destruída. O Imperador Cabral parece que está chegando lá. Se deixarem, é claro.

Primeira-dama pode revelar muita coisa no "Cabralgate"

Um vôo misterioso no jato de Eike Batista,  - o controle do espaço aéreo da Bahia não tem registro de sua entrada no estado. Um helicóptero pilotado por um ex-doleiro que fraudou sua licença para poder voar nesse dia. O aniversário do empreiteiro "rei das obras públicas" no Estado do Rio, para onde o governador ia com toda a família.

O governo estadual que escondeu inicialmente a viagem e depois continua mentindo ao dizer que o governador só viajou para a Bahia após saber do acidente (o prefeito de Porto Seguro já disse que tinha visto Cabral pela manhã). Todos os escândalos da relação de Cabral e Paes com Eike e a Delta, do empreiteiro Cavendish.

Uma festa, um acidente, uma viagem misteriosa, relações incompatíveis para ocupantes de cargos públicos. E agora, um outro fato estranho: a separação de Cabral e sua mulher. Até então um casal que publicamente fazia questão de demonstrar sua afeição mútua. Tanto amor que até levaram o governador a achar normal sua mulher defender, como advogada, as concessionárias de serviços públicos do estado.

Uma coincidência a separação de Cabral e sua mulher algum tempo antes disso tudo vir à tona? Lembrem-de das separações ruidosas daqueles famosos corruptos: Collor, PC Farias (esposa e amante morrerammisteriosamente), Pita (pref de SP), Marcos Valério, etc. Dinheiro, poder e política quando sucumbem à corrupção e ambição desmedidas afetam diretamente os casamentos.

O marido corrupto e poderoso briga com suacompanheira para não gastar mais com seu "silêncio". A companheira briga com ele por não aceitar mais tanta "sujeira" ou por não se sentir mais recompensada por isso. Enfim, uma briga e separação matrimonial nesse cenário é certamente um dos maiores perigos que um político corrupto pode passar.

Bem, daí vem umas perguntas que ninguém fez até agora:
1. O que pode ter levado Cabral e sua mulher a uma separação com direito a ofensas verbais em um momento desses (anterior ao acidente, como já foi noticiado)?
2. Essa viagem com tantos riscos envolvidos teve alguma contribuição para isso?
3. Ou pode ter sido o problema do Metrô, que a primeira-dama defende como advogada, cada vez mais cobrado pelos péssimos serviços?
4. Ou a "blindagem" da mídia começa a ficar abalada e alguns começam a "pular fora" do barco (a primeira dama pode ter sido a primeira)? Por falar nisso, onde está Sérgio Cortes?

quinta-feira, 23 de junho de 2011



  • 2  mansões no Condomínio Portobello = R$ 14 milhões
  • 2 apartamentos no Leblon = R$ 5 milhões
  • 2 cavalos de raça no Jockey Club do Rio = R$ 2 milhões
  • A sensação de não fazer nada e ainda "se enriquecer com os recursos públicos", sem que seja denunciado = isso não tem preço
    Nem contabilizei os recursos financeiros em paraísos fiscais, etc. Mas vale a pena ver a reportagem completa sobre
    o último escândalo do Governador Fanfarrão: http://www.blogdogarotinho.com.br/lartigo.aspx?id=8247








    Só um tira-gosto: as fotos das 2 (DUAS!) MANSÕES de Cabralzinho no Condomínio PortoBello, em Angra dos Reis. Lembram que ele  declarou uma delas ao TRE na última eleição com o valor de um apartamento de 2 quartos no Rio, e nada foi feito a respeito dessa sonegação fiscal, etc.


    Na verdade, a verdade é muito pior para nós cidadãos do Estado do Rio de Janeiro. Estamos vivendo em uma Sucupira, como disse aqui nesse blog há meses atrás.

    quarta-feira, 22 de junho de 2011

    SOS Bombeiros: anistia já! Dia 26, Aterro do Flamengo, 9h


    Mais uma vez, precisamos demonstrar nosso apoio aos heróis que salvam nossas vidas. Nem os chamados "terroristas" da época da ditadura deixaram de ser anistiados. O próprio pai do governador foi perseguido durante aquele período e certamente ele e muitos de seus amigos (músicos e intelectuais) se beneficiaram direta ou indiretamente da anistia.

    A arrogância, autoritarismo e incapacidade de administrar crises que caracteriza Sérgio Cabral não pode prevalecer. Se os militares que comandaram  ou se omitiram com a repressão, perseguição e tortura a cidadãos indefesos tiveram que se adequar aos novos tempos, só depende de nós para fazer a justiça e o bom senso prevalecerem.


    Anistia aos heróis! Todos na passeata dia 26/06, 9h no Aterro do Flamengo.

    Cai o helicóptero: cai a máscara do governador fanfarrão

    Tráfico de influência, insenções fiscais milionárias, dispensas de licitações, suspeita de corrupção passiva e ativa, infração à ética pública, infração às normas da administração pública, além de incompetência, omissão, mentiras, etc.

    Tudo isso está vindo à tona após o desastre do helicóptero que afundou na Bahia. Deputados e parte da mídia (finalmente!) já cobram e pressionam por explicações.

    Para Cabral, a queda do helicóptero parece que foi apenas o início da sua tragédia política.

    terça-feira, 21 de junho de 2011

    Testemunha: "Cavendish é amigo íntimo de Cabral, em uma promiscuidade total"

    Extraído do Blog do Reinaldo Azevedo, colunista da VEJA, publicado em 9/5/11, às 4:55

    Dirceu na área 2 - “O Cavendish é amigo íntimo do Sérgio Cabral. A promiscuidade é total”

    Os engenheiros José Augusto Quintella Freire e Romênio Marcelino Machado eram donos da Sigma Engenharia, empresa adquirida pela Delta Construções, em 2008. Durante o processo de fusão, no entanto, os sócios se desentenderam — e o negócio encontra-se até hoje em litígio judicial. Foi nesse período que o empresário Fernando Cavendish contratou os serviços da JD Assessoria e Consultoria, do ex-ministro José Dirceu. E é do centro dessa disputa que surge a revelação sobre as verdadeiras atividades do ex-ministro.

    Que tipo de consultoria o ex-ministro José Dirceu realizou para o grupo Delta?
    Romênio - Tráfico de influência. Com certeza, é tráfico de influência. O trabalho era aproximar o Fernando Cavendish de pessoas influentes do governo do PT. Isso, é óbvio, com o objetivo de viabilizar a realização de negócios entre a empresa e o governo federal.

    E os resultados foram satisfatórios?
    Romênio - Hoje, praticamente todo o faturamento do grupo Delta se concentra em obras e serviços prestados ao governo.

    A contratação de José Dirceu foi justificada internamente de que maneira?
    Romênio - A contratação foi feita por debaixo do pano, através da nossa empresa, sem o nosso conhecimento. Um dia apareceram notas fiscais de prestação de serviços da JD Consultoria. Como na ocasião não sabia do que se tratava, eu me recusei a autorizar o pagamento, o que acabou sendo feito por ordem do Cavendish.

    O que aconteceu depois da contratação da empresa de consultoria do ex-ministro?
    Quintella - A Delta começou a receber convites de estatais para realizar obras sem ter a capacidade técnica para isso. A Petrobras é um exemplo. No Rio de Janeiro, a Delta integra um consórcio que está construindo o complexo petroquímico de Itaboraí, uma obra gigantesca. A empresa não tem histórico na área de óleo e gás, o que é uma exigência Ainda assim, conseguiu integrar o consórcio. Como? Influência política.

    A Delta, por ser uma das maiores empreiteiras do país, precisa usar esse tipo de expediente?
    Romênio - Usa. E usa em tudo. O caso da reforma do Maracanã é outro exemplo. A Delta está no consórcio que venceu a licitação por 705 milhões. A obra mal começou e já teve o preço elevado para mais de l bilhão de reais. Isso é uma vergonha. O TCU questionou a lisura do processo de licitação. E quem veio a público fazer a defesa da obra? O governador Sérgio Cabral. O Cavendish é amigo último do Sérgio Cabral. A promiscuidade é total.

    Leiam íntegra da entrevista na revista

    Por Reinaldo Azevedo

    Boechat comenta sua ausência de 2 semanas

    http://www.bandnewsfm.com.br/ancora.asp?ID=495802

    Com um pequeno atraso, disponibilizo acima o link para o áudio do programa da Band News FM que marcou o retorno de Ricardo Boechat  aos microfones da rádio, ontem, dia 20/06. Que bom que ele voltou bem e "com a corda toda". Saúde e continue assim, Boechat!

    segunda-feira, 20 de junho de 2011

    Cabral foi à Bahia em um jatinho de Eike Batista

    http://www.blogdogarotinho.com.br/lartigo.aspx?id=8210

    Vejam no link acima a nota interessante em que o Deputado Garotinho faz uma comparação entre a repercussão que existe nos Estados Unidos e no Brasil quando um político é surpreendido em uma situação constrangedora em se tratando de uma figura pública. Mesmo que em um acidente que envolva a trágica perda de vidas humanas, a imprensa americana não alivia na cobrança por explicações que o próprio fato nos induz a fazer.

    Ted Kennedy "abortou" sua candidatura a presidente americano quando sofreu um acidente de carro em que veio falecer sua amante, que o acompanhava naquele momento. A imprensa americana fez o seu papel e o sonho de Ted afundou. Hoje, temos o Governador Sérgio Cabral que, devido a um trágico acidente que nem o envolveu diretamente, foi descoberto numa situação no mínimo misteriosa.

    Ele viajou para fora do Estado sem que a opinião pública e a população fluminense soubessem - certamente seus aliados sabiam (assessores, políticos e a mídia). ATÉ AGORA ninguém disse ou cobrou porque ele estava na Bahia em um resort e como ele foi para lá. Ninguém da mídia ATÉ AGORA questionou porque ele foi se encontrar com um empresário énvolvido em denúncias de corrupção e cuja empresa ganha a maior parte das concorrências de obras no estado. E quem pagou essa viagem e as despesas, assim como as outras que o presidente da Assembléia do RJ tenta esconder de qq jeito?

    Soube agora pela manhã, pelo programa do Boechat na Band News FM, que Cabral foi para a Bahia em um jatinho Legacy do empresário Eike Batista.

    A voz independente está no ar: Boechat voltou!

    O dia de hoje começou com excelentes notícias, como vcs já devem saber. Nosso querido Ricardo Boechat voltou às suas atividades após duas semanas ausente. Ainda não pude ouvir seu comentário de hoje, mas já soube que ele justificou sua ausência por problemas de saúde e disse que não tinha nada a ver qualquer boato sobre pressões que a Band tinha sofrido, ou ele mesmo, devido às críticas que tem feito (mais tarde, vou vou postar o link do áudio de sua volta).

    Desde o início, esse blog levantou a suspeita de que alguma pressão tenha levado ao Boechat repentinamente se ausentar do trabalho. Suspeitas que, aliás, temos a obrigação de levantar quando o contexto onde estamos vivendo induz a isso - atentado contra Ricardo Gama, Garotinho, ausência de Dácio Malta (já esclarecida por ele), mídia censurada e governo autoritário no RJ.

    Continua, para nós, uma brutal coincidência isso ter acontecido com Boechat e ainda não temos certeza de que, mesmo que INDIRETAMENTE, a repercussão de seus comentários não tenha relação com seus problemas de saúde. Algo natural, considerando o tipo de trabalho que ele vem desenvolvendo.

    Se esses comentaristas independentes levantam suas suspeitas e cobram esclarecimentos sobre diversos assuntos, não seremos nós blogueiros que deixaremos de fazer o mesmo quando os "eventuais" prejudicados podem ser esses mesmos comentaristas que admiramos tanto. Portanto, vamos comemorar a volta do Dácio Malta, a volta do Boechat, assim como celebramos a volta de Ricardo Gama!

    Esperamos que, pelo menos, esse movimento na internet e redes sociais tenha servido para que eles percebam a importância que tem para tanta gente nesse estado. Ao mesmo tempo, sirva para os que pensam em impedir a manifestação de vozes independentes na mídia, pensem duas vezes antes de fazer qualquer coisa nesse sentido.

    domingo, 19 de junho de 2011

    "Corra que a Polícia vem aí - 18" é um sucesso na Mangueira

    19/06/2011, às 17:12, transcrito do blog de Reinaldo Azevedo, colunista da Revista VEJA


    Operação “Corra que a polícia vem aí – 18” é um sucesso. Agora só falta exibir o sorriso das crianças e as ONGs que ensinam a bater lata

    Daqui a pouco, a segurança no Rio viverá outro dia de festa no Fantástico. A operação “Corra que a polícia vem aí - 18″ foi um espetáculo. Instalou-se a 18ª UPP, desta vez no morro da Mangueira. Há perto de 1.100 favelas no Rio.

    A Secretaria de Segurança tem um cálculo singular para definir o número de pessoas beneficiadas: o alcance de uma bala de fuzil, que tem um raio de até 2 quilômetros.

    Por esse critério, perto de 1,5 milhão (!!!) de pessoas já estariam experimentando os efeitos positivos das UPPs. Por esse critério, é uma pena que o nacrotráfico ainda não tenha mísseis. Beltrame estaria respondendo pela segurança de São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais…

    No Estadão Online, leio o seguinte:

    O secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, defendeu a estratégia de guerra anunciada em que o Estado antecipa à população quando será feita a ocupação de áreas estratégicas. Segundo ele, é preferível “mil vezes ocupar uma área sem dar um tiro a colocar a população em risco,” disse. “Hoje devolvemos um território para 20 mil pessoas, essa é uma vitória. A saída destas pessoas (traficantes) os deixa vulneráveis porque eles saem de sua área de domínio, e a polícia, atenta, vai atrás destas pessoas”, afirmou o secretário.

    Certo! O jornalismo, que também poderia estar atento, deveria perguntar a Beltrame — se ele tiver os números, eu os publico aqui — qual é a variação da população de presos do Rio depois que as favelas começaram a ser “libertadas”. É inútil. Ele é a Marina Silva da segurança pública. As pessoas engolem tudo o que diz, por mais ilógico que seja. Quanto mais exótico raciocínio, mais superiormente interessantes soam suas palavras.

    Há um fundo obviamente falso na argumentação do secretário. Qualquer alternativa será sempre melhor do que “colocar a população em risco”, não é mesmo? Até deixar tudo como está é preferível a matar inocentes. Ora, se estamos entre estes dois extremos — convidar o bandido a fugir e garantir a segurança da população —, então se está diante da declaração da falência do estado.

    A exemplo do que acontece nas demais áreas ocupadas, o tráfico continuará a operar normalmente na Mangueira — tanto é assim que não falta bagulho no Rio; o mercado continua a ser abastecido normalmente —, mas de modo mais discreto, sem a exibição de armas que ofendem o senso estético da imprensa. A atividade comercial agora se dará com proteção policial, o que também elimina o risco de invasão da área pelo grupo rival ou pelas milícias. Tudo na paz! Os bandidos de grife, esses cujos apelidos exóticos chegam ao jornalismo, encontgrarão guarida numa das mil e poucas favelas sem UPPs, e a vida segue seu curso.

    Agora falta filmar o sorriso das crianças, sua alegria ao empinar pipas, o trabalho educacional de algumas ONGs que ensinam quem já sabe bater lata… a bater lata.

    Sérgio Cabral é show.

    Por Reinaldo Azevedo

    sábado, 18 de junho de 2011

    Queda do helicóptero e viagem de Cabral: mistérios que precisam ser revelados

    Publicado no jornal Extra Online, em 18/06/11, às 14:26

    A Polícia Civil da Bahia divulgou, na tarde deste sábado, os nomes e as idades das vítimas da queda do helicóptero na região de Porto Seguro, Bahia, na noite de sexta-feira. As mortes de Fernanda Kfuri, 35 anos, dos seus dois sobrinhos Gabriel Kfuri, 2, e Lucas Kfuri, 3, e da babá Norma Batista de Assunção, 43 anos, foram confirmadas.

    A irmã de Fernanda, Jordana Kfuri Cavendish, mãe das crianças, e o empresário Marcelo Almeida, que pilotava o helicóptero, continuam desaparecidos. (....) Marco Antônio, filho de Cabral, e o empresário Fernando Cavendish, marido de Jordana, não embarcaram no helicóptero e acompanham as buscas em Porto Seguro, ao lado do governador.

    O governo do estado ainda não informou o que motivou a viagem de Cabral a Porto Seguro. A assessoria diz não saber dizer se o governador foi antes do acidente a lazer ou somente após o ocorrido para prestar ajuda. Ao lado do governador, na Bahia, Regis Fichtner, secretário-chefe da Casa Civil, também não responde: - Prefiro não fazer declarações sobre a viagem. A assessoria se pronunciará.

    Esse blog, passado o momento de respeito às famílias afetadas pela tragédia, questiona também algumas coisas envolvendo o Governador Sérgio Cabral. Aliás, como sempre, em qualquer coisa, por mais simples que seja, há sempre um fato que pode comprometer o governador. É impressionante como Cabral não faz nada que não seja em seus próprios interesses primeiramente e, por isso, esconde de todos as verdadeiras razões que estão por trás. Vejam só:

    1. Cabral estava em viagem, ainda não explicada (nem seu "braço direitro" quis dizer...) enquanto seu vice-governador estava fora do Estado. Ou seja, o governo estava acéfalo, porque numa situação dessa o Presidente da Assembléia deveria saber para assumir interinamente;

    2. Se o secretário "braço direito" Régis Fitchner, a assessoria do governador e nem o próprio governador informaram ou oficializaram sua saída, nem antes nem depois desse acidente, é de supor que ele não queria que fosse revelado nada a respeito. Para ele fazer esse mistério e se ausentar do Estado mesmo com a ausência de seu vice-governador, deve ter sido por uma razão muito importante para ele, isso ninguém tem dúvida;

    3. Acabei de ver no Jornal Nacional a reportagem (extensa) sobre o fato, onde - acreditem se quiser - não foi mencionado em nenhum momento que Jordana Kfuri Cavendish, uma das vítimas, era casada com o empresário Fernando Cavendish, investigado por tráfico de influência, e dono da construtora Delta, uma das campeãs de licitações para obras públicas no estado;

    4. Brizola já dizia "tem pele de jacaré, tem boca de jacaré, tem rabo de jacaré, então só pode ser um jacaré". Cabral sai escondido do estado e vai encontrar um empresário da construção civil, beneficiado por vários contratos com o governo. Sua assessoria não revela nada sobre os motivos da viagem. O Jornal Nacional esconde a relação de Fernando Cavendish com essa tragédia, nem revela que ele era dono da Delta.

    Tragédia na família do dono da construtora Delta

    Mau tempo pode ser causa do acidente com amigos de Cabral

    Esse blog, como não poderia de ser, vai inicialmente publicar as notícias sobre essa tragédia e lamenta profundamente as perdas de vidas humanas nesse acidente.

    Esperamos que todos possam superar essa tragédia, inclusive o filho do governador Cabral, que provavelmente perdeu sua namorada e por pouco não esteve no helicóptero acidentado.

    À família Kavendish, do dono de uma das construtoras mais atuantes em obras públicas no RJ, nossa solidariedade pela dolorosa perda de seus familiares.

    sexta-feira, 17 de junho de 2011

    De fazer inveja a Marlon Brando, em o "Poderoso Chefão"

    Transcrito do blog de Juca Kfouri, um dos mais combativos jornalistas esportivos do Brasil - http://blogdojuca.uol.com.br/2011/06/o-triste-fim-de-jh/ em 14/06/11

    Jean-Marie Faustin Goedefroid de Havelange, aos 95 anos, será investigado pelo Comitê Olímpico Internacional, do qual faz parte desde 1963. O COI, informou a rádio Estadão-ESPN, fará o que a FIFA não fez, isto é, investigará a história das propinas pagas pela ISL.

    Será engraçado reler as laudatórias biografias feitas sobre a vida do chefe dos chefes, paradigma dos Teixeiras e Nuzmans espalhados pelo país, assim como rever as bajulatórias entrevistas feitas com ele.


    Que poderia ter saído de cena antes de tal humilhação.
    Abaixo, alguns flagrantes de Havelange com figuras que o mundo, deveras, admira.

    Com Sérgio Cabral, o governador do Rio, que, reverente, beija suas mãos limpas.
    Com Orlando Silva Jr, o ministro do Esporte, que lhe entrega seu próprio busto.
    Com Joseph Blatter, num abraço de velhos companheiros.
    E, finalmente, numa prova de que o amor é lindo, com o ex-genro, Ricardo Teixeira, de olhos fechados.

    Nota do Blog: "Diz-me com quem andas e te direi quem és". Isso vale para todos os mencionados no comentário do Juca.

    As "vozes" independentes começam a voltar

    Além da boa notícia da volta de Boechat na próxima segunda - conforme nota anterior, tivemos outra ao verificar que o bravo Dácio Malta está de volta, conforme vcs podem verificar nos links a seguir http://youpode.com.br/blog/alguemmedisse/2011/06/14/peregrino-e-os-vandalos-de-cabral/ e http://youpode.com.br/blog/alguemmedisse/2011/06/14/nem-boechat-nem-gama-sao-omissos/
    Mais importante é saber que sua ausência foi simplesmente pelo envolvimento dele em outros projetos profissionais.

    A respeito desse assunto - iniciado com o "sumiço" do Boechat em 6/06, em nota recente nesse blog, http://amigosdoperegrino.blogspot.com/2011/06/ricardo-gama-garotinho-dacio-malta-e.html, fiz uma análise rápida das "coincidências" que podem estar por trás do acontecido com Ricardo Gama (atentado), Garotinho (atentado), Boechat e Dácio. Afinal, todos eles são, de alguma forma, formadores de opinião e críticos do governo Cabral - algo raro hoje em dia nesse estado.

    Tenho recebido diversos comentários de leitores desse blog que também suspeitam de algo estranho no caso do Boechat. Sobre o Dácio, o que me pareceu também estranho foi que não houve nenhum aviso no seu blog que ele iria se ausentar por 1 mês, nem durante esse período. Aliás, acredito que uma impressão não só para mim como talvez para tantos outros que costumavarm diariamente ler seus comentários.

    Todos esses citados aqui merecem desse blog e de todos nós o apoio de todas as horas para que tais suspeitas logo se esclareçam - como aconteceu com o Dácio. Afinal, eles NUNCA foram omissos quando mais precisamos de suas opiniões e apoio. Não poderiamos, como não podemos, portanto, nos omitir agora.

    Por último, reforçando o que está no cabeçalho desse blog, as análises aqui publicadas são desse moderador, um dos milhares de admiradores também da trajetória do Prof. Fernando Peregrino e não necessariamente externam sua opinião. Qualquer outra opinião externa, inclusive do Prof. Peregrino, será naturalmente publicada como tal.

    Abs a todos!

    Moderador

    Boechat volta na segunda, dia 20


    Hoje pela manhã, ouvi finalmente uma notícia que me deixou feliz, assim como a todos os admiradores do jornalista Ricardo Boechat, "desaparecido" desde o dia 6/jun, após fazer um feroz comentário contra o governador Cabral.

    Boechat volta na segunda-feira que vem (20/6), duas semanas após sua última aparição pública. Todos nós ficamos felizes em poder ouvir novamente uma das poucas "vozes" independentes na imprensa do Rio de Janeiro.

    Aliás esse blog foi o primeiro a denunciar um possível "castigo" dado a ele, por pressões do governo, após suas críticas.

    Seja bem-vindo, Boechat! Seus fãs, nos quais me incluo, só esperam que vc esteja bem de saúde e possa continuar com seu estilo de sempre: "mordendo os calcanhares" das autoridades ou daqueles que agem contra ou se omitem em relação às demandas mais justas da população.

    Da mesma forma, esperamos que vc possa agir como o Boechat agiria nesse caso. Esclareça a todos o que aconteceu e denuncie qualquer tipo de pressão que estejam lhe fazendo. Não acreditamos que esse seu estranho "desaparecimento", mesmo que por doença, possa comprometer sua independência!

    Melhoras, boa sorte e conte com a gente!

    segunda-feira, 13 de junho de 2011

    Ricardo Boechat, Dácio Malta, Garotinho e Ricardo Gama: perseguição ou coincidências?

    Ricardo Gama, Dácio Malta, Ricardo Boechat e Anthony Garotinho. Independentemente de diferenças de TODOS os tipos entre eles, existem algumas coincidências que devem ser levadas em conta. Destaco algumas:

    1. Um número significativo de pessoas, formadores de opinião inclusive, acessam/ouvem/assistem rotineiramente seus comentários ou opiniões;
    2. São fontes de informação que muitas vezes não são divulgadas ou repercutidas em outras mídias;
    3. Por terem blogs ou pelo reconhecimento que possuem (Boechat), tem liberdade para divulgar comentários que outros não podem ou não querem;
    4. São críticos ferozes de governantes e autoridades, e recentemente tem sido um grande incômodo para Cabral no cenário de uma mídia comprada e silenciada.

    Por coincidência, nos últimos 2 meses, o público esteve ameaçado (ou está) de ficar sem a opinião corajosa e direta de todos eles. No caso de Dácio Malta e Ricardo Boechat, pelo estranho desaparecimento dos dois. No caso de Ricardo e Garotinho, pelo atentado que sofreram.

    O que está acontecendo com aqueles que "tem voz independente" no Rio de Janeiro de Cabral?

    Campanha VOLTA, BOECHAT! cresce: ouça o último comentário dele após o sumiço

    Finalmente, estamos repercutindo cada vez mais a campanha "VOLTA, BOECHAT!". O blogueiro Ricardo Gama, "guerreiro das redes sociais", se soma ao apelo de diversos admiradores do jornalista Ricardo Boechat. Valeu, Ricardo! Muitas coincidências estranhas e mal explicadas, considerando que estamos em um Rio de Janeiro sitiado pela mídia "censurada" por um governo autoritário e arrogante.

    Provavelmente, esse blog foi o primeiro a colocar esse assunto em pauta (vejam posts anteriores), no mesmo dia em que Boechat fez sua última "aparição" pública, com um comentário daqueles históricos, pela independência, indignação e coragem, diante de todo o ambiente em que vivemos hoje no Rio.

    Ricardo Gama postou o link do último comentário (e talvez o mais indignado) de Boechat na BandNews FM Rio. Ouçam e tirem suas conclusões. Repito o que sempre disse: não existe nada de concreto. Mas também não existe nada que nos convença oficialmente de que isso não passa de uma suspeita. Por vias das dúvidas, não deixe de divulgar e participar de uma campanha tão justa como aquelas que tiveram o apoio corajoso do Boechat.

    VOLTA, BOECHAT!

    http://youtu.be/42KBqoZuWGQ

    Coluna de Boechat na ISTOÉ não comenta nada sobre os bombeiros

    Vejam a seguir a reprodução do site www.cabecadecuia.com.br, 2 dias após o comentário durísssimo que Boechat fez na BandNews contra o governador Sérgio Cabral, a respeito do papel dele no movimento dos bombeiros. Percebam que, sem nenhum demérito ou crítica, esse site é o único que até agora mencionou uma versão, ainda não comprovada, do que poderia ter acontecido com ele. Nem o site da BandNews informa alguma coisa a respeito. Muito menos algum órgão de imprensa, o que seria normal em se tratando do profissional que ele é.

    08/06/2011 - 04h41min
    O apresentador Ricardo Boechat, do Jornal da Band e da BandNews FM, foi hospitalizado na tarde desta segunda-feira (6/6), após passar mal no trânsito da capital paulista. O jornalista dirigia pela região do Jardim Europa, zona oeste de São Paulo, quando estacionou o carro após sentir fraqueza. Ele dormiu dentro do carro, com os vidros abertos e a chave no contato.

    Preocupado com a situação, um operador da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) tentou acordar Boechat por várias vezes, mas, sem sucesso, chamou uma ambulância. Depois, entrou em contato com a última chamada perdida no celular do apresentador, que havia recebido ligações do Comunique-se. Quando o C-se chegou ao local, Boechat foi acordado pela repórter do portal. Já consciente, o apresentador disse que estava apenas cansado e decidiu dormir. O jornalista chegou a atender a uma ligação da Rádio Bandeirantes e tranquilizou os colegas.

    Logo após deixar o local, Boechat voltou a se sentir mal e foi levado para um hospital na mesma região, onde fez exames. De acordo com a emissora, o apresentador já está em casa e passa bem. Segundo a Band, o jornalista sentiu apenas um mal-estar e ficará em repouso por alguns dias. No Jornal da Band, Boechat foi substituído por Fábio Pannunzio. Na BandNews, Eduardo Barão ocupou o lugar do apresentador.
    Fonte: Izabela Vasconcelos / Comunique-se

    Essa foi a versão que achei estranha e disse isso aqui no blog, há dias atrás. O fato é que se passaram 7 dias e nada de oficial ou mais informações apenas tivemos sobre o Boechat. Acabei de postar 2 comentários no site da Revista ISTOÉ, http://www.istoe.com.br/, onde ele tem uma coluna semanal. A última coluna dele está atualizada - é de 11/junho.

    Porém, não tenho como afirmar se foi ele mesmo que escreveu ou se foi realmente escrita antes dele desaparecer da rádio ou TV. Escrevi perguntando por ele e dizendo que seus fãs querem mais notícias sobre seu estado. Outro comentário foi questionando porque a coluna dessa semana (11/06) não fala nada sobre o movimento dos bombeiros. Afinal foram cerca de 50 mil pessoas, uma das maiores manifestações no Rio  nos últimos tempos.

    Se houver alguma resposta ou mais informações, coloco logo no blog, fiquem tranquilos a respeito. Da mesma forma, peço que colaborem com algo que esteja sabendo a respeito para que eu publique imediatamente aqui.

    domingo, 12 de junho de 2011

    27 mil "vândalos" em apoio aos bombeiros: e agora, Governador?

    A passeata dos bombeiros reuniu, segundo a comandante do 19º BPM (Copacabana), Cláudia Lovaine, 27 mil pessoas. Um número que é um verdadeiro "cala boca" ao governo e a imprensa marrom (GLOBO) que teima em esconder. Foi certamente um marco em um movimento que já fez história no país. Os bombeiros mostraram como se protesta de forma organizada. Como de manifesta de forma pacífica. Como se reinvidica sem prejudicar o atendimento à população.

    Tivemos momentos emocionantes: o hino nacional, o hino dos bombeiros, as bolas vermelhas de encher que foram soltas em um maravilhoso céu azul, crianças, mães, idosos, enfim famílias inteiras. Cartazes, faixas, folhetos e pessoas caracterizadas, além da cor vermelha que coloriu Copacabana como ela nunca viu. As fotos vão dizer mais do que eu poderia descrever.

    sábado, 11 de junho de 2011

    Os 300 de Esparta agora no Rio: 439 contra o exército da Globo e do Governo

    Independentemente do desfecho que possa ter, o movimento dos bombeiros entrou para a história das lutas "sindicais" desse país.

    Não há na história recente, referência à coragem e lealdade exemplares dos bombeiros. Ou à solidariedade impressionante da populaçãopara esse tipo de movimento. Ou mesmo à postura omissa, incompetente, arrogante e ditatorial do governo e suas autoridades.

    Esses 439 bombeiros, covardemente presos e humilhados nos "campos de concentração" do governo Cabral, enfrentam na verdade uma luta quase "suicida".

    Tiveram e tem contra si a violência do governo, a omissão da maioria dos deputados estaduais e a covardia de grande parte da mídia, particularmente as Organizações Globo. Uma luta entre os que salvam as vidas por míseros R$ 950/mês contra aqueles que ganham centenas de milhares e milhões de reais às custas da mentira e da dissimulação.

    Há pouco tempo, o filme "300", ganhador de vários prêmios internacionais, retratou a batalha épica de 300 espartanos, da Grécia, sob o comando do rei Leônidas, que enfrentaram o grandioso exército do Imperador Xerxes, da Pérsia. A Batalha de Termópilas, ocorrida em 480 a.C, confrontou-os com no mínimo 300 mil soldados persas - alguns historiadores falam em um exército de 3 milhões. Mesmo com tal disparidade, os espartanos conseguiram resistir durante 3 dias, ainda infligindo um número elevado de baixas em seus inimigos.

    A luta heróica dos 300 guerreiros espartanos provocou tal atraso nos planos de ocupação da Grécia pelos persas que a capital Atenas pode ser salva posteriormente. Com isso, salvou-se também a nascente civilização ocidental, a qual hoje pertencemos.

    A homenagem desse blog aos "300 de Esparta" de hoje, representados pelos 439 bombeiros, que lutam heroicamente pela sua dignidade. Uma luta pacífica com apoio de toda a população.

    Cabral e GLOBO tentam mas não conseguem impedir a manifestação dos bombeiros!


    Como vocês podem ver na imagem, está mais do que confirmado o ato público que vai confraternizar de vez a população do Estado do Rio de Janeiro e seus heróis de vermelho.

    Será amanhã, às 9 horas, e não às 10h como havia sido informado primeiro. O importante é estar lá para demonstrar a todos, aos bombeiros e principalmente ao governo Cabral coisas que todo mundo, menos ele, que finge que não sabe.

    1. Não se destrói uma reputação construída ao longo de mais de um século com a omissão e recusa em negociar uma reinvidincação mais do que justa.
    2. Não se controla uma manifestação justa e pacífica com bombas e tiros, principalmente quando envolve mulheres e crianças.
    3. Não se pune heróis com prisões arbitrárias e humilhações.
    4. Não se engana a todos com o apoio da midia, principalmente da Globo.
    5. Não se resolve um salário indigno com um aumento também indigno.

    52 reais a mais no salário de alguém que tem mulher e filhos para sustentar, governador? É o que sr. deve deixar de gorjeta cada vez que vai aos restaurantes cinco estrelas daqui ou de Paris, que o sr. gosta muito. Detalhe: esse aumento é uma antecipação dos próximos 5 meses.

    Seja digno com a população que votou no sr., governador. Mesmo que enganada pelas suas mentiras e da imprensa que o sr. comprou com nosso dinheiro, ela merece respeito. Não seja covarde dando esse aumento e obrigando os jornais a tentar nos convencer que tudo está resolvido. Não seja irresponsável a ponto de tentar evitar que a PM também demonstre seu apoio a um movimento tão justo. O vandalismo do lado do governo já atingiu o limite.

    No domingo, a partir de 9 horas, em frente ao Copacabana Palace, o Rio de Janeiro lhe dará uma demonstração de coragem, diginidade, lealdade, responsabilidade e sensatez. Coisas que o sr. realmente não tem e nunca teve.

    O que aconteceou com Boechat: uma estranha versão

    Inicialmente, apenas para lembrar quem não tem acompanhado esse blog do dia 6/junho para cá. O jornalista Ricardo Boechat ficou doente repentinamente - segundo a versão da Band - no mesmo dia em que fez críticas fortíssimas e diretas ao governador Sérgio Cabral. Reproduzi parte dessas críticas em um dos meus posts anteriores.

    Anteontem, enquanto tentava mais uma vez buscar pelo google alguma informação sobre ele, me deparei com um site - que infelizmente não me recordo o nome nem procurei escrever porque é totalmente desconhecido e não tem relação nenhuma com notícias ou algo que possa levar a esse assunto.

    O texto dizia que Boechat estava dirigindo seu carro no bairro do Morumbi, quando aparentemente passou mal e parou-o na pista. O guarda de trânsito veio e o encontrou dormindo, com os vidros abertos, tentou acordá-lo mas não conseguiu. Encontrou um documento que indicava o telefone do estúdio da Band News, de onde ele tinha saído, e ligou para lá. Alguém da equipe da Band chegou, conseguiu acordá-lo e ele convenceu aos que estavam ali que poderia continuar dirigindo. Mas logo depois, parou de novo o carro. Aí chamaram a emergência que o levou ao hospital.

    Salvo algum detalhe de localização, etc., que eu possa ter confundido, é basicamente essa história, a única, que encontrei até agora com mais detalhes sobre o que aconteceou ao Boechat. Tentei falar com ele pelo seu celular e deixei recado, por que ninguém atendeu nem retornou. Mandei também um SMS e nada. Esperei esses dias, para poder enviar um e-mail, que vou fazer nesse sábado, inclusive resumindo a preocupação de todos com o que aconteceu com ele.

    Essa história está cada vez mais estranha. Nunca vi apenas um site desconhecido apresentar informações novas sobre o paradeiro de um dos mais renomados jornalistas do país. Se alguém tiver ou descobrir mais coisa, por favor, envie para cá. Publicarei certamente.

    quinta-feira, 9 de junho de 2011

    A estratégia do Cabral no uso do marketing e das imagens

    O que vocês assistiram e leram nos posts anteriores, parece ser a "armação", o plano maquiavélico de Cabral contra os bombeiros. Se tudo acontecesse do jeito que ele pensou, sua reação na entrevista teria um maior respaldo e não uma oposição quase total.

    Parecia que ele estava com o discurso raivoso pronto para enfrentar apenas a hipótese do plano dar certo. Não havia um plano B. Por isso, ficou extemamente exagerado e fora da realidade o que ele falou e fez a respeito.

    Cabral usa os truques de imagem, criando, para a imprensa e opinião pública, fatos que não tem nada a ver com a realidade. Isso funciona quando a mídia está toda dominada. Mas creio que 3 fatos foram determinantes para o fracasso de seu plano nesse caso dos bombeiros.

    Primeiro, a participação das mulheres e crianças e o caráter pacífico da manifestação. As imagens e textos fortes de mulheres e crianças, com uma mãe perdendo seu filho por causa do tumulto, crianças sendo entrevistadas chorando por causa das bombas deixaram para trás os possíveis danos ao patrimônio.

    Segundo, a forte campanha pelas redes sociais e internet influenciada pela admiração que a população tem pela entidade Bombeiros, cultivando a imagem de heróis, multiplicou como nunca os fatos contra o governo: excesso da PM, PM x mulheres e crianças, falta de consideração do governo para com eles.

    Terceiro, o foco inteligente no número R$ 950 como salário, associando-o espontaneamente com algo indigno para os heróis que salvam vidas e não conseguem sustentar suas próprias.
     
    Foi por isso que Cabral, em sua entrevista, focou na manipulação em 4 aspectos:
    1. o salário, sobre o qual mentiu descaradamente;
    2. a depredação do QG pelos bombeiros e a violência dos manifestantes, omitindo que foram disparados tiros e bombas (letais) pelos policiais - inclusive apontando do telhado em direção aos manifestantes, enquanto os bombeiros tiveram que derrubar um portão;
    3. a presença de mulheres e crianças, fato que chamou de covardia, esquecendo de dizer que elas foram por vontade própria naturalmente e que mesmo sabendo disso ele mandou invadir o quartel, isto sim uma covardia;
    4.  o uso das redes sociais e internet, que está permitindo, segundo ele, que os bombeiros sejam manipulados por intereesses ocultos e políticos.

    Cabral: o rei das manipulações

    Na entrevista do Coronel Paúl, em que ele denuncia um possível complô do governo do estado para jogar a população e a opinião pública contra os bombeiros e justificar a aplicação de punições rigorosas contra eles, pode ser resumida no que descrevi abaixo. Vejam os fatos e algumas análises iniciais e tirem suas conclusões.

    1.  O governo sabia do que ia acontecer e não tentou dificultar ou impedir essa ação - bombeiros avisam pela internet que iam invadir o QG cm 2.000 pessoas, segundo o jornal EXTRA;
    2. Foram deslocados apenas 5 soldados da PM para a frente do portão do QG dos bombeiros, mesmo sabendo-se da multidão que viria -  esse fato naturalmente só motiva a invasão de quem já está disposto a isso;
    3. À frente desses 5 soldados, foi colocado um comandante da PM - nunca se viu um comandante da PM para uma "tropa" de apenas 5 soldados;
    4. Com isso, o governo resolveu "correr o risco" desse oficial se ferir no mais que provável tumulto e provocar com isso a reação do alto comando da tropa;
    5. Lembrem que o Comandante Geral, ao saber que esse comandante se feriu na mão, chegou a dizer para justificar a invasão: "Mexeram com a PM";
    6. Usaram o BOPE para invadir o QG, uma corporação considerada exemplar pela população - com isso estavam querendo "jogar" essa imagem deles contra os bombeiros.

    quarta-feira, 8 de junho de 2011

    A "armação" sórdida de Cabral contra os bombeiros

    O coronel PM Paulo Ricardo Paúl é professor e ex-corregedor da Polícia e muito admirado pela tropa pela sua postura ética e coerente na defesa da justiça para todos. Por isso foi corregedor e é tão respeitado. No seu blog e em entrevista no SBT, ele demonstra de forma clara e objetiva a que ponto chega a sordidez e a "armação" de um governo para enganar e prejudicar as pessoas. O relato impressionante está no vídeo. Vale a pena assistir.

    Artistas apóiam a luta dos bombeiros e criticam Cabral

    Onde está Boechat? Onde está Dácio Malta?

    Dacio Malta, jornalista carioca, 63 anos, trabalhou nos três principais jornais do Rio – O Globo, Jornal do Brasil e O Dia – e na revista Veja. Tem um blog, mas o que mantém mesmo atualizado é sua coluna "Alguém me disse" dentro do site http://www.youpode.com.br/.

    Último comentário publicado: 11/mai/11, sobre a pressão contra a Ministra da Cultura, Ana Hollanda. Motivo da ausência: desconhecido. Previsão de volta: desconhecida.

    Características: independência para criticar, ironica e fortemente, os governos e autoridades, particularmente o governo federal, do estado do Rio de Janeiro e a prefeitura do Rio.

    Ricardo Boechat, jornalista carioca, 58 anos, trabalhou no principais jornais do Rio (OGLOBO, JB, ODIA), além do SBT. Hoje, é apresentador da Rádio BandNews FM e do Jornal da BAND.

    Última apresentação (rádio BandNews FM): 6/mai/11, sobre a atuação do governo estadual na crise dos bombeiros, com fortes críticas ao governador. Motivo da ausência: saúde, problema repentino na noite do dia 7, segundo sua equipe. Previsão de volta: desconhecida.

    Características: independência para criticar fortemente os governos e autoridades, particularmente o governo federal, do estado do Rio de Janeiro e a prefeitura do Rio.

    Dois dos ÚNICOS jornalistas que são CRÍTICOS FEROZES E ROTINEIROS do governo Cabral estão "fora do ar". Dácio Malta, há quase 1 mês; Boechat, desde ontem. Sem justificativas plausíveis. O que está acontecendo?

    O mistério do "sumiço" do jornalista Ricardo Boechat

    O mistério do "desaparecimento" do jornalista Ricardo Boechat está crescendo. Hoje, pela manhã, uma ouvinte comentou, segundo os comentaristas (Megale, Rodolfo Scheneider), que estava achando todo mundo na rádio com a voz meio "prá baixo". Como se, a doença alegada por eles, fosse algo mais sério. Eles responderam, "tranquilizando a todos", que estava tudo bem, mas ele estava fazendo uma série de exames, "como seria de se esperar de alguém prestes a fazer 60 anos".

    Acontece que o comentário que fizeram ao meu post anterior "Ricardo Boechat fica doente após críticas ferozes a Cabral", assim como algumas pessoas que já conversaram comigo, me fizeram considerar a verdadeira razão dos colegas dele darem a impressão de estarem meio "prá baixo". Se fosse realmente problema de saúde, nada tão sério seria tão repentino (um ataque cardíaco, etc.) que não merecesse ser  divulgado, até para todos seus admiradores pudessem torcer pela sua recuperação sabendo o que realmente tinha acontecido. Além do que, repito o que disse no post anterior, ele estava absolutamente normal e não se queixava de nada.

    Tem muita coisa não dita e muita coincidência nessa história. Lembro agora que outro crítico cotumaz do governo Cabral, o jornalista Dácio Malta, está há semanas sem atualizar o seu blog, sem maiores avisos e no meio de tantas notícias políticas importantes.

    Acho que não devemos nos calar sobre isso, se tratando de alguém que nunca se calou para nos defender.

    terça-feira, 7 de junho de 2011

    Ricardo Boechat fica doente logo após críticas ferozes a Cabral


    O jornalista Ricardo Boechat, apresentador da Band News FM, do Jornal da Band, colunista da Istoé, entre outras mídias, é reconhecidamente um dos mais influentes profissionais da comunicação do país. Daqueles que, como se diz e ele gosta de dizer, "não tem rabo preso".

    Demonstra isso pelas suas posições particularmente no atual cenário político do Rio de Janeiro. Onde poucos, jornalistas ou não, tem espaço aberto para divulgar críticas ou denúncias contra os atuais governos do estado e da capital.

    Exemplo recente de sua independência tem sido na cobrança pelas investigações do atentado contra o blogueiro Ricardo Gama. Enviei e-mails a ele sobre isso, que gentilmente me respondeu - e até me telefonou - reafirmando que iria "continuar a tocar esse bumbo". Foi o que ele fez e continua fazendo.

    Ontem, dia 6, por volta das 9h, Boechat, pela rádio Band News FM Rio fez um dos mais contundentes protestos e críticas a um governador que já havia ouvido alguém fazer na grande imprensa (em minha opinião de quem acompanha os fatos políticos na imprensa há 35 anos). Em cerca de 5 minutos, ele "botou o dedo na ferida", sem poupar adjetivos  ao criticar direta e nominalmente o governador Sérgio Cabral nesse episódio dos bombeiros.

    Ouvi tudo, surpreendido pela coragem de alguém dizer o que disse - repito - em pleno Rio de Janeiro nos tristes e sombrios tempos em que vivemos. Mesmo sendo alguém da biografia do Boechat. Pude anotar algumas coisas que ele disse, indignado, se dirigindo ao governador Cabral (algumas palavras podem ser diferentes do original, mas guardam o mesmo sentido):

    1. "Essa radicalização que o sr diz que os bombeiros adotaram, sr. governador, é sua. É muito maior do que a deles, devido à sua incompetência, omissão, prepotência e arrogância na condução desse processo".
    2. "O sr., como sempre, só aparece no oba-oba, com a Presidente Dilma na inauguração da plataforma, pondo chapéu, tirando chapéu. Foi omisso e não desgnou ninguém para negociar em seu nome."
    3. "Quando, na luta sindical desse país, tivemos 480 presos de uma vez só? O sr. não tem biografia para fazer isso que o sr. fez governador. Até porque o sr. sabe o que é ter um pai preso por questões políticas."

    4. "O sr. acha que os bombeiros não podem defender suas famílias, mas o sr. esquece que o sr. conta com 9 viaturas, algumas até do batalhão de choque, apenas para protegê-lo e a sua família, estacionados na sua rua. Eu vi. Todo esse aparato que o sr. usa em seus descolamentos. Nove viaturas, eu disse!"
    5. "O Rio quer diálogo, governador. Mas o sr. vive se esquivando - isso sim é vandalismo. O sr. mente sobre os salários dos bombeiros. Recebi diversos contra-cheques mostrando o valor de R$ 950 líquidos. Me traga um que mostre o valor que o sr. se referiu na entrevista coletiva: R$ 1.500 ou R$ 2.000."
    6. "O sr. não pode fazer a população de idiota, como estão fazendo no caso Palloci. Aliás, onde o sr. estava quando a negociação ainda poderia ser feita? POr falar nisso, como estava Paris?"

    Não preciso comentar mais nada sobre o que disse o Boechat. Mas faço esse longo post para alertar sobre uma estranha coincidência ocorrida com ele - mais uma daquelas que o Peregrino vem mencionando. Hoje de manhã, a Rádio Band News FM não teve o Boechat, nem seu companheiro Megale. Segundo o Rodolfo Scheineder, o Megale estava de folga, e o Boechat estava doente, sem data de volta. Havia passado mal ontem à noite, e hoje estava fazendo uns exames.

    O próprio Rodolfo respondeu às desconfianças de vários ouvintes de que a ausência dele tinha ver mesmo com as críticas que ele tinha feito ontem, tanto ao governador como sobre o caso Palloci. Rodolfo garantiu que isso não era verdade e que se o Boechat fosse suspenso por qualquer declaração polêmica feita por ele, a cada 2 dias ele sofreria alguma punição desse tipo.

    Bem,  não posso afirmar nada. Mas as coincidências nesse Rio de Janeiro do governador Cabral estão acontencendo cada vez mais e sempre envolvendo os críticos ou opositores... Espero que o Boechat esteja bem, se realmente estiver doente, e volte logo. Mas me dou ao direito de esperar mais um pouco e ouvir dele mesmo o que aconteceu. Detalhe: ontem ele estava absolutamente normal, sem reclamar de nada sobre sua saúde...