Há pouco, assisti a um documentário que poderia ser muito bem um daqueles filmes sobre a máfia italiana. Corrupção, compra de votos, milhões de dólares, tentativa de censura, dinheiro público jogado fora, etc. Fiquei estarrecido com a reportagem da Rede Record, no Domingo Espetacular, sobre as denúncias contra a FIFA e os dirigentes de confederações de futebol mundo afora, particularmente Ricardo Teixeira e João Havelange.
O que o Brasil não conseguiu, através do congresso, o mundo está começando a fazer: justiça. O que as Organizações GLOBO tentam omitir - por interesses comerciais - a mídia internacional e agora, em grande rede, a Record, começa a fazer: revelar e denunciar. Se a imagem do país do futebol já está mais do que comprometida pela desorganização e festival de irregularidades na preparação para a Copa, com esse escândalo envolvendo os responsáveis pelo futebol no país em quase 40 dos últimos 55 anos. Isso mesmo: 18 de Havelange à frente da CBD (antiga CBF) e 21 de seu genro à frente da CBF.
O jornalista Andrew Jennings, autor de "Jogo Sujo" - livro recém-lançado no Brasil e que a FIFA tentou proibir, disse com todas as letras: "Foi Havelange que implantou a cultura da corrupção na FIFA". E mais: recebeu aparentemente US$ 50 milhões e seu ex-genro, Teixeira, outros US$ 9 milhões. Esse império ou dinastia de corrupção que domina o futebol no Brasil não pode ser reduzido ou controlado se os maiores responsáveis não forem afastados e punidos. Eles dão o exemplo para os outros.
Havelange e Teixeira que antes conseguiam dominar e comprar tudo e a todos para manter seus "negócios", hoje devem estar preocupados. Não se trata mais de enfrentar a mídia e opinião pública manipulada no Brasil, nem nossa justiça, lenta e sempre favorecendo os poderosos. O jogo agora mudou. O adversário é de nível internacional.
Ter essa dupla à solta é mais uma das razões para que confirme o título do post anterior: COPA 2014 E OLIMPIADAS 2016: ASSIM, EU NÃO QUERO!
segunda-feira, 30 de maio de 2011
domingo, 29 de maio de 2011
Copa e Olimpíadas: desse jeito, eu não quero! (parte 1)
Apesar do silêncio das Organizações GLOBO, muito já se falou no mundo inteiro dos atrasos em obras de todos os tipos, em quase todas as cidades-sedes, no que se refere à Copa 2014 e às Olímpiadas 2016. Na verdade, o Rio de Janeiro e o Brasil não merecem eventos desse porte. Não pelas competições em si. Nem muito menos pelo povo brasileiro que adora esportes, principalmente futebol, é claro.
O que a gente não merece, ou digo melhor, não estamos preparados não é só na infra-estrutura de transporte e turismo, ou os estádios e centros esportivos necessários. Muito menos em termos de planejamento da nossa preparação esportiva para disputar condignamente tais eventos. O que nós precisamos, acima e antes de tudo, é ter vergonha e humildade de reconhecer que está tudo errado. Tudo!
Primeiro, vamos descobrindo que as escolhas das sedes das Copas e das Olimpíadas é um jogo de corrupção que não tem mais fim. Depois, constatamos que o número de 12 sedes da Copa no Brasil é maior do que na África ou nos Estados Unidos, simplesmente para atender os interesses políticos locais, em troca dos interesses politicos estaduais ou federais. Ou alguém acha que um estádio de grande porte em Brasília, ou em Manaus ou em Cuiabá vão ter condições de se sustentarem após a Copa?
Verificamos também que os "atrasos" injustificáveis nessas obras multimilionárias são "compensadas" pelo superfaturamento e atropelo do controle do dinheiro público. Só as obras do Maracanã foram reajustadas para mais de R$ 1 bilhão, após a previsão inicial de R$ 400 milhões. Derrubaram até uma marquise sem necessidade para se justifricar mais um aumento de gastos. Ou seja, os estádios está disputanto um campeonato de superfaturamento e irregularidades!
domingo, 15 de maio de 2011
Retrospecto dos 30 dias
Pessoal, estou de volta novamente. Infelizmente, a vontade de compartilhar com vocês minhas opiniões, ou simplesmente repercutir fatos que considero importantes, muitas vezes sucumbe à rotina nossa do dia-a-dia. Mas não desisto.
Mesmo porque cada vez mais se faz necessário termos canais livres e abertos para expressar nossas indignações, frustrações e expectativas por uma vida melhor.
Desde abril, nossa memória vai ficar para sempre marcada pelo monstruoso massacre de Realengo. Que Deus possa dar algum conforto a todos os entes queridos dessas crianças.
Nesse curto período, continuamos também, por culpa do pior governo que esse Rio de Janeiro já teve, a enfrentar as tragédias que afetam diariamente a vida e os direitos dos cidadãos fluminenses.
Na segurança, nos transportes, na saúde, educação, habitação, na liberdade de se informar, na justiça, etc., nosso estado está regredindo aos piores tempos. Disso tudo, vou repercutir e divulgar as ações daqueles que lutam contra essas injustiças.
Vou tentar focar a partir de agora no escândalo que envolve os eventos esportivos, principalmente o futebol, que poderiam mudar para melhor a cara do Rio e do Brasil. "Poderia", porque corremos o risco de "pagar o maior mico" do esporte mundial.
Peço sua atenção ao escândalo da FIFA, que tem relação direta com a investigação sobre a CBF e seu atual presidente. É algo de nível internacional e muito mais sério do que parece à primeira vista.
Mesmo porque cada vez mais se faz necessário termos canais livres e abertos para expressar nossas indignações, frustrações e expectativas por uma vida melhor.
Desde abril, nossa memória vai ficar para sempre marcada pelo monstruoso massacre de Realengo. Que Deus possa dar algum conforto a todos os entes queridos dessas crianças.
Nesse curto período, continuamos também, por culpa do pior governo que esse Rio de Janeiro já teve, a enfrentar as tragédias que afetam diariamente a vida e os direitos dos cidadãos fluminenses.
Na segurança, nos transportes, na saúde, educação, habitação, na liberdade de se informar, na justiça, etc., nosso estado está regredindo aos piores tempos. Disso tudo, vou repercutir e divulgar as ações daqueles que lutam contra essas injustiças.
Vou tentar focar a partir de agora no escândalo que envolve os eventos esportivos, principalmente o futebol, que poderiam mudar para melhor a cara do Rio e do Brasil. "Poderia", porque corremos o risco de "pagar o maior mico" do esporte mundial.
Peço sua atenção ao escândalo da FIFA, que tem relação direta com a investigação sobre a CBF e seu atual presidente. É algo de nível internacional e muito mais sério do que parece à primeira vista.
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