Há pouco, assisti a um documentário que poderia ser muito bem um daqueles filmes sobre a máfia italiana. Corrupção, compra de votos, milhões de dólares, tentativa de censura, dinheiro público jogado fora, etc. Fiquei estarrecido com a reportagem da Rede Record, no Domingo Espetacular, sobre as denúncias contra a FIFA e os dirigentes de confederações de futebol mundo afora, particularmente Ricardo Teixeira e João Havelange.
O que o Brasil não conseguiu, através do congresso, o mundo está começando a fazer: justiça. O que as Organizações GLOBO tentam omitir - por interesses comerciais - a mídia internacional e agora, em grande rede, a Record, começa a fazer: revelar e denunciar. Se a imagem do país do futebol já está mais do que comprometida pela desorganização e festival de irregularidades na preparação para a Copa, com esse escândalo envolvendo os responsáveis pelo futebol no país em quase 40 dos últimos 55 anos. Isso mesmo: 18 de Havelange à frente da CBD (antiga CBF) e 21 de seu genro à frente da CBF.
O jornalista Andrew Jennings, autor de "Jogo Sujo" - livro recém-lançado no Brasil e que a FIFA tentou proibir, disse com todas as letras: "Foi Havelange que implantou a cultura da corrupção na FIFA". E mais: recebeu aparentemente US$ 50 milhões e seu ex-genro, Teixeira, outros US$ 9 milhões. Esse império ou dinastia de corrupção que domina o futebol no Brasil não pode ser reduzido ou controlado se os maiores responsáveis não forem afastados e punidos. Eles dão o exemplo para os outros.
Havelange e Teixeira que antes conseguiam dominar e comprar tudo e a todos para manter seus "negócios", hoje devem estar preocupados. Não se trata mais de enfrentar a mídia e opinião pública manipulada no Brasil, nem nossa justiça, lenta e sempre favorecendo os poderosos. O jogo agora mudou. O adversário é de nível internacional.
Ter essa dupla à solta é mais uma das razões para que confirme o título do post anterior: COPA 2014 E OLIMPIADAS 2016: ASSIM, EU NÃO QUERO!
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