Primeiro, o fenômemo a que me referi acima. Quase todas as críticas feitas aos últimos acontecimentos nas UPPs demonstram que a "tal pacificação" significou mesmo uma mudança de imagem e percepção. As comunidades deixaram de ter, até agora, aquelas "guerras entre traficantes", assim como as "batalhas entre policiais e traficantes". Isso é mudança de imagem: saem os fuzis, armamentos pesados e conflitos com balas perdidas.
Entram no lugar: uma das mais fortes campanhas de opinião pública (propaganda e noticiário) já vistas nesse estado, promovida com dinheiro público de publicidade oficial do governo.Além disso, um possível "acordo" entre governo e traficantes, onde os primeiros avisam aos segundos que vão invadir o morro e os bandidos em troca "fogem" - sem nunca ter saído - e/ou deixam de usar armas de forma explícita.
Ora, VAMOS EXERCER NOSSO PAPEL DE CIDADÃOS CONSCIENTES E CRÍTICOS. As Unidades de Polícias Pacificadoras são APENAS POSTOS POLICIAIS avançados, experiência que já havia se iniciado no governo Garotinho. Como diz o Reinaldo Azevedo, "polícia tem que estar em todo canto". O que essa pacificação traz como efeito colateral é um exemplo de cumplicidade implícita do poder público com os bandidos à medida que eles antecipam o que vão fazer. Mas principalmente, porque a polícia não prende.
Os traficantes continuam por lá e ainda se espalham pelo estado. Além do que, as milícias cada vez mais se ampliam no vácuo dessa "fuga" combinada. Aí vem um outro efeito colateral trágico: mortes de inocentes, cada vez mais ameaçados por esses bandidos, entre outros. Só espero que jornalistas mais críticos não se deixem seduzir pelo canto da sereia, e tenham coragem de tratar as UPPs como devem ser tratadas. Uma "marca". Apenas isso.
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