sábado, 9 de abril de 2011

Quem permitiu acesso à arma que massacrou 12 crianças?

Nada pode descrever o terror de Realengo. É impossível também simplificar nesse momento aonde "houve a ruptura" no comportamento do assassino, como dizem alguns "especialistas". Teria sido pelo "bullying" sofrido por ele na mesma escola? Pelo seu comportamento extremamente introvertido? Quem sabe porque acessava a internet de forma excessiva ou admirava o extremismo e seus atentados?

É claro que tais "razões" não podem levar ninguém a "romper dessa forma" com a sociedade, planejando e agindo friamente na execução de outras pessoas, principalmente sendo crianças. Certamente, Wellington tem problemas mentais que foram potencializados por uma sociedade onde a competição está acima de tudo.

Onde as pessoas são constantemente tachadas de perdedoras, ou rotuladas de qualquer coisa. Uma sociedade intolerante com os menos afortunados em todos os sentidos. Intolerância e preconceitos que se tornam maiores à medida que falta afeto. Que penetram mais em nossas almas à medida que são mais disseminadas e repercutem mais pelas ondas da internet, etc.

Mas isso não é a razão do ocorrido. Até porque muitas pessoas já passaram por todos esses sentimentos na sociedade em que vivemos. Nem por isso tiveram vontade real de matar ou cometer crimes como esse. O que faz a diferença, então? Onde tivemos a "ruptura"?

A resposta está mais perto do que pensamos. Basta lembrar de todos os que foram contra a proibição da venda de armas no Brasil. Basta lembrar dos 65% da população que votaram contra essa proibição. Muitos estão hoje chocados com esse massacre. Talvez estejam ainda culpando apenas a intolerância, o preconceito da sociedade, a mentalidade doentia do assassino, a falta de detectores de metais, excesso de internet, etc.

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