terça-feira, 2 de agosto de 2011

Um poço sem fundo

Sinceramente, não sei mais onde iremos parar.

Quanto mais vejo a omissão da imprensa e dos órgãos fiscalizadores do Estado do RJ em denunciar essas falcatruas, e na impunidade dos COMPROVADAMENTE envolvidos, mais eu penso: chegamos ao fundo do poço. O problema é que esse poço não tem fundo! O caso do governo do RJ não nos permite dizer que a doença da corrupção se espalhou como um câncer. Afinal, com os "exemplos" do próprio governador e de seus secretários, etc., podemos imaginar que isso é genético. Está no sangue das maiores autoridades desse estado.

O doente, nesse caso, não é o governo com seus escândalos rotineiros. A "doença" parece ser a ética e a honestidade no trato da coisa pública. O "diferente" é aquele que denuncia esses crimes, seja um cidadão ou autoridade arrependida, seja um jornalista independente, seja um promotor público ou juiz que faz o seu papel, seja uma asssociação de classe que não admite desvios de conduta. O "vírus", o "inimigo" desse "corpo" chamado sociedade não é mais, infelizmente, os que fazem errado. O governo, como membro importante desse "corpo", junto com aqueles que se omitem, por utilizarem o mesmo "modus-operandi" e terem objetivos comuns no início, parecem agir como uma verdadeira "quadrilha".

Mais do que roubar ou superfaturar, estamos assistindo, em TODOS OS NÍVEIS, o resultado de um processo de "ensino" baseado no seguinte mote: podem roubar à vontade, ninguém será punido por isso. Nossa sociedade está se "anestesiando" de tal forma diante desse festival de crimes que precisamos urgentemente repensar o que queremos para daqui a alguns anos. Para nossos filhos. Para nossos netos.

Será que meus netos terão que andar na rua cabisbaixos, esperando ser ridicularizados em cada esquina por que não fazem parte da "normalidade doentia"? Estamos diante de uma discrimação subliminar e silenciosa. De tal forma que chegará o momento de se estabelecer uma "cota ética" para todos, de políticos a estudantes, passando por todas as categorias profissionais.

Digo isso, para antecipar o próximo post que mostra mais um escândalo envolvendo autoridades do governo Sérgio Cabral e seu amigo empreiteiro (Delta).

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