Quando postei aqui, no dia 10/09, um texto sobre a idéia de que o Rio pode acabar virando uma Sucupira, não imaginava que a situação fosse tão grave quanto o exposto pela saída hoje da Ministra Erenice Guerra, por tráfico de influência. O fato é que seu filho intermediou negócios diversos com o governo quando ela nem ministra era ainda.
A mídia se escandalizou, a classe média ficou indignada - recebo diversos e-mails sobre isso, a OAB federal pediu que a ministra saísse de seu cargo (!). Acho, e todos nós achamos, que a reação de indignação é correta. Mas, e quanto ao Rio de Janeiro e sua primeira-dama advogada que defende as concessionárias que o próprio governo contrata? Quer dizer que filho não pode, mas esposa ou marido de governador (a) não tem problema?
O Rio de Janeiro não merece virar uma republiqueta, no modelo aplicado por Sarney no Maranhão, Jader no Pará e Renan nas Alagoas. É algo tão trágico e ridículo - se nada for feito a partir desse precedente federal, que, como diria o personagem "Odorico Paraguaçú", o Rio de Janeiro está se tornando não só o paraíso do tráfico de influência, mas sim do "tráfego de influência"...
O falecido Dias Gomes já teria material demais para escrever "A volta de Sucupira - o Rio de Janeiro de Cabral", em parceria com os donos dos veículos de comunicação, TRE e OAB.
Mas, podemos ainda reescrever essa história com Peregrino 22.
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