Publicado no jornal Extra Online, em 18/06/11, às 14:26
A Polícia Civil da Bahia divulgou, na tarde deste sábado, os nomes e as idades das vítimas da queda do helicóptero na região de Porto Seguro, Bahia, na noite de sexta-feira. As mortes de Fernanda Kfuri, 35 anos, dos seus dois sobrinhos Gabriel Kfuri, 2, e Lucas Kfuri, 3, e da babá Norma Batista de Assunção, 43 anos, foram confirmadas.
A irmã de Fernanda, Jordana Kfuri Cavendish, mãe das crianças, e o empresário Marcelo Almeida, que pilotava o helicóptero, continuam desaparecidos. (....) Marco Antônio, filho de Cabral, e o empresário Fernando Cavendish, marido de Jordana, não embarcaram no helicóptero e acompanham as buscas em Porto Seguro, ao lado do governador.
O governo do estado ainda não informou o que motivou a viagem de Cabral a Porto Seguro. A assessoria diz não saber dizer se o governador foi antes do acidente a lazer ou somente após o ocorrido para prestar ajuda. Ao lado do governador, na Bahia, Regis Fichtner, secretário-chefe da Casa Civil, também não responde: - Prefiro não fazer declarações sobre a viagem. A assessoria se pronunciará.
Esse blog, passado o momento de respeito às famílias afetadas pela tragédia, questiona também algumas coisas envolvendo o Governador Sérgio Cabral. Aliás, como sempre, em qualquer coisa, por mais simples que seja, há sempre um fato que pode comprometer o governador. É impressionante como Cabral não faz nada que não seja em seus próprios interesses primeiramente e, por isso, esconde de todos as verdadeiras razões que estão por trás. Vejam só:
1. Cabral estava em viagem, ainda não explicada (nem seu "braço direitro" quis dizer...) enquanto seu vice-governador estava fora do Estado. Ou seja, o governo estava acéfalo, porque numa situação dessa o Presidente da Assembléia deveria saber para assumir interinamente;
2. Se o secretário "braço direito" Régis Fitchner, a assessoria do governador e nem o próprio governador informaram ou oficializaram sua saída, nem antes nem depois desse acidente, é de supor que ele não queria que fosse revelado nada a respeito. Para ele fazer esse mistério e se ausentar do Estado mesmo com a ausência de seu vice-governador, deve ter sido por uma razão muito importante para ele, isso ninguém tem dúvida;
3. Acabei de ver no Jornal Nacional a reportagem (extensa) sobre o fato, onde - acreditem se quiser - não foi mencionado em nenhum momento que Jordana Kfuri Cavendish, uma das vítimas, era casada com o empresário Fernando Cavendish, investigado por tráfico de influência, e dono da construtora Delta, uma das campeãs de licitações para obras públicas no estado;
4. Brizola já dizia "tem pele de jacaré, tem boca de jacaré, tem rabo de jacaré, então só pode ser um jacaré". Cabral sai escondido do estado e vai encontrar um empresário da construção civil, beneficiado por vários contratos com o governo. Sua assessoria não revela nada sobre os motivos da viagem. O Jornal Nacional esconde a relação de Fernando Cavendish com essa tragédia, nem revela que ele era dono da Delta.
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